Decorreu entre os os dias 4 e 6 de outubro, em Munique, mais uma edição da Expo Real, feira de referência para o imobiliário e investimento. Lisboa esteve presente no evento para fechar negócios e mostrar oportunidades de investimento em Lisboa.Em parceria com a InvestLisboa, a cidade de Almada esteve presente pela primeira vez na Expo Real. Em entrevista à Vida Imobiliária, Inês de Medeiros, presidente da Câmara Municipal de Almada, referiu que a Câmara Municipal de Almada «tem investido, nos últimos anos, em presenças em grandes feiras. Temos ido muito ao MIPIM e, de facto, este ano é a primeira vez que estamos na Expo Real», adiantando que «optámos por um modelo de apresentação baseado na partilha de apresentações relativas aos projetos da Almada, parte da Câmara, e parte dos investidores privados que são muitos neste momento e que já têm projetos muito desenvolvidos».“Há uma clara noção do dinamismo que se está a viver em Almada, da vontade que há de desenvolvimento e da diversidade dos projetos”Segundo a autarca, «há uma clara noção do dinamismo que se está a viver em Almada: da vontade que há de desenvolvimento, da diversidade dos projetos e da aposta num novo tipo de desenvolvimento. Penso que não há nenhum projeto aqui apresentado que não tenha, por exemplo, a questão da sustentabilidade quase na sua base fundadora. Neste sentido, o balanço que faz da participação na feira «é muito positivo», diz Inês de Medeiros, acrescentando que «mobilizou uma série de atores que estão a investir em Almada, e que também têm todo o interesse em vir aqui à Expo real, mostrar aquilo que são os seus projetos, algo que cria uma onda de interesse que já estamos a sentir» É «neste espírito de colaboração, com a InvestLisboa, que conseguimos num evento desta dimensão, ter uma marca diferenciadora».Projeto Cidade da ÁguaAo ser questionada sobre o “Cidade da Água”, projeto de requalificação da Margueira, onde funcionaram os antigos estaleiros navais da Lisnave, em Almada, a presidente da autarquia lamenta que «apesar de ser público, não depende da Câmara, infelizmente», mas espera «que tudo isso agilize». O Governo «já se comprometeu em lançar uma série de estudos sobre a consolidação do território, estudos sobre mobilidade. Nós, Câmara, já estamos a rever o plano de urbanização do Almada Nascente, que tem de ser revisto urgentemente».Quanto ao projeto que era conhecido pelo público da Cidade da Água, «está a ser repensado, mas era um projeto com grande carência, que eu acho que isso bloqueou muito, que é ter um estudo económico-financeiro que o sustentasse. É nesse sentido que estamos a trabalhar e que a Câmara tem insistido». Neste momento, «estamos com uma opção mais pragmática e colaborativa: fizemos um protocolo com a Baía do Tejo para começar a trabalhar, de facto, a fundo. Temos de começar a ver os problemas e a resolvê-los um a um, para quando voltarmos a apresentar, seja algo credível», sublinha Inês de Medeiros.