2018 foi recorde para o investimento imobiliário na Europa

2018 foi recorde para o investimento imobiliário na Europa

 

 

Este valor representa uma subida de 0,3% face ao ano anterior, que foi também ele um recorde, com 311.000 milhões de euros investidos.

Neste ano, Portugal, Espanha, Polónia, Holanda e França registaram níveis recorde de investimento, com destaque para Espanha e Portugal, que registaram aumentos de mais de 50% face ao ano anterior, de 57% e 54%, respetivamente.

No nosso país, o destaque vai para as transações de alguns portfólios de escritórios, centros comerciais de grande dimensão ou o portfólio da Fidelidade. Negócios que, segundo a CBRE, alavancaram o volume de investimento.

Espanha registou um desempenho «particularmente bom» na segunda metade do ano, uma performance impulsionada por grandes transações de portfólios, como a aquisição da socimi Hispania e a participação maioritária na socimi Testa, ambas pela Blackstone.

O mercado de escritórios continua a ser o favorito do investimento imobiliário, num volume total de 127.000 milhões de euros, mais 6% que em 2017. No geral do mercado europeu, a hotelaria e os setores alternativos justificaram um volume de investimento de 22.000 e 21.000 milhões de euros, respetivamente. E só a habitação motivou um investimento recorde de 50.000 milhões de euros, mais 22,4% que em 2017, sendo esta agora a segunda maior classe de ativos, superando pela primeira vez o retalho.

Jonathan Hull, Managing Director, Investment Properties, CBRE EMEA afirma que «2018 provou ser um ano recorde para o investimento imobiliário, com a Europa Continental a mostrar particularmente fortes indicadores. Há sem dúvida uma escassez de produtos prime nas principais capitais europeias, o que arrastou as taxas de rentabilidade (“yields”) para mínimos históricos, mas os fluxos de capital para o setor imobiliário continuam fortes, uma vez que os imóveis continuam bastante atrativos quando comparados com outras alternativas de investimento».

E explica que «o diferencial entre as yields dos escritórios prime e o rendimento das obrigações está atualmente perto de um máximo histórico, um indicador positivo para muitos investidores». Por outro lado, «o investimento em ativos que envolvem “camas” continua a evidenciar um elevado crescimento em toda a europa, muito impulsionado pela procura dos investidores por portefólios diversificados e que veem estes setores como estando menos expostos aos ciclos económicos».