Os números foram apresentados pela AHP, que se baseou no AHP Tourism Monitor, durante a conferência “A Hotelaria no Funchal – Balanço & Perspetivas”, que decorreu na Câmara Municipal do Funchal. Esta conferência baseou-se numa análise desta atividade na madeira nos últimos 10 anos.
Cristina Siza Vieira, presidente executiva da AHP, comenta que «é muito interessante analisar a evolução da hotelaria na Região Autónoma da Madeira. O crescimento dos vários indicadores tem sido notório e são claramente resultado de uma aposta forte dos vários players do setor e de uma contínua reinvenção do destino, tido como um dos melhores destinos insulares do mundo». Prova disso é que «estão em pipeline sete unidades hoteleiras na Madeira com abertura prevista para 2017, entre novas ofertas, remodelações e ampliações».
A Madeira regista uma taxa de ocupação sempre superior à média nacional, e trata-se de um destino bastante menos afetado pela sazonalidade, já que regista uma ocupação de 60% na época baixa. Em 2016 é de salientar o crescimento da taxa de ocupação nas categorias de 5 e 3 estrelas, que registaram crescimentos de 5,8% e 8,4%, respetivamente.
No ano passado, o preço médio por quarto ocupado também cresceu 4,8%, sendo que as 5 estrelas cresceram 10% face ao ano anterior, impulsionando um aumento generalizado. Já o RevPar cresceu 12% em 2016, alavancado sobretudo pelas unidades de 5 e 3 estrelas, que cresceram 18% e 17%. O GMTH é o dobro da média nacional, ultrapassando os 280 euros em 2016.
Por outro lado, a estada média da Madeira é a maior do país, num total de 5,9 dias. Destaque para os mercados emissores alemão, britânico e francês, seguidos pelo mercado interno. Em crescimento estão o americano (25%) e os mercados do norte da Europa.