No ano passado, abriram mais de 50 novas unidades hoteleiras em Portugal, num total de 3.300 quartos somados à oferta turística nacional. Mais de metade têm 4 estrelas.
A contabilização é feita pela Cushman & Wakefield, no balanço do ano que partilhou esta semana. Entre as aberturas mais significativas, destaque para o Moov Lisboa Oriente, com 2 estrelas e 180 quartos, para o Renaissance Porto Lapa Hotel, com 4 estrelas e 160 quartos, ou para o Masa Hotel Campo Grande, com 4 estrelas e 150 quartos.
Este aumento de oferta aconteceu num ano que consolidou a recuperação da atividade turística em Portugal face a 2022, registando uma melhoria transversal de todos os indicadores, inclusive para valores acima dos registados em 2019, ainda antes da pandemia. Nomeadamente, entre janeiro e novembro, hóspedes e dormidas aumentaram 13% e 10% em termos homólogos, respetivamente. Em paralelo, os proveitos totais da hotelaria subiram 20% face ao ano anterior, e o RevPAR 18% para os 77,3 euros.
Esta performance positiva reflete-se também na atratividade do setor para o investimento. Prova disso, é que o segmento da hotelaria captou um total de 730 milhões de euros em 2023, a maior fatia do investimento imobiliário comercial do ano. Destaque para o negócio da compra pela Arrow do portfólio Dom Pedro à Saviotti por 250 milhões de euros.
A Cushman & Wakefield prevê que o setor continue a crescer em 2024, «suportado pela competitividade do país enquanto destino turístico, particularmente entre os turistas internacionais». Estão atualmente em fase de projeto e/ou construção mais de 100 novos projetos hoteleiros em Portugal, com 10.200 quartos em pipeline, que deverão abrir num prazo de 3 anos. As classificações de 4 e 5 estrelas continuam a ser predominantes na nova oferta, representando 30% e 38%, respetivamente. A maior parte dos hotéis vai abrir nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.