"No final do próximo ano já vão começar a sentir-se diferenças" nos preços das casas e nas rendas, garantiu o ministro da Economia e Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, de acordo com a Lusa, citada pelo Jornal de Negócios.
Ao defender as propostas do Governo para a habitação, o ministro sublinhou que "este assunto demorou anos a agravar-se e vamos demorar, agora, poucos anos a resolvê-lo, mas demora alguns anos, não se resolve de um dia para o outro, mas eu acho que a partir do final do próximo ano já vão começar a sentir-se diferenças nos preços das casas e nos preços das rendas", afirmou Castro Almeida.
Perante o "problema gigantesco" que representa a crise da habitação, o Executivo "está a responder, também com um conjunto de medidas nunca vistas", reforçou o governante. Entre essas medidas, destacou o aumento da oferta de terrenos através da lei dos solos, a redução do IVA na construção e do IRS para quem arrenda, bem como "o número de casas que o Estado vai construir", medidas que, segundo disse, deverão contribuir para uma descida dos preços.
Castro Almeida acrescentou que o Governo vai, ainda, criar uma linha com o apoio do Banco Europeu de Investimento (BEI) para que as câmaras municipais possam constituir lotes em que as pessoas construam as suas casas.
Recorde-se que Portugal registou a maior subida dos preços das casas na União Europeia. No segundo trimestre de 2025, o valor de venda das casas aumentou cerca de 17% face ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados do Eurostat.