A taxa de juro média anual implícita nos contratos de crédito à habitação fixou-se em 3,612% em 2023, sendo que no ano anterior foi de 1,084%. Neste seguimento, a prestação média mensal aumentou 35,3% (94 euros), para 362 euros, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
No destino de financiamento aquisição de habitação, a taxa de juro média subiu de 1,091% em 2022 para 3,589% em 2023. O capital médio anual em dívida para o total do crédito e para o destino de financiamento aquisição de habitação, passou de 60.142 euros e 67.633 euros em 2022, respetivamente, para 63.459 euros e 70.962 euros em 2023.
Pagamento de juros representou 61% da prestação média em dezembro
Segundo o INE, a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação foi de 4,593% em dezembro, o valor mais elevado desde março de 2009, traduzindo uma subida de 6,9 pontos base (p.b.) face a novembro (4,524%). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu pela segunda vez consecutiva, passando de 4,366% em novembro para 4,342% em dezembro.
A prestação média fixou-se em 400 euros em dezembro, o valor máximo desde o início da série (janeiro de 2009), mais 4 euros que em novembro e mais 101 euros que em dezembro de 2022, o que traduz um aumento mensal de 1,0% (igual ao do mês anterior).
No último mês, a parcela relativa a juros representou 61% da prestação média, o que compara com 33% em dezembro de 2022. Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, o valor médio da prestação desceu 4 euros face ao mês anterior, para 651 euros em dezembro, o que corresponde a um aumento de 21,5% face ao mesmo mês do ano anterior.