Setúbal vai receber 48 habitações de renda acessível

Setúbal vai receber 48 habitações de renda acessível
Fotografia retirada do site da Câmara Municipal de Setúbal.

Arrancaram as obras para a construção dos primeiros 48 fogos de renda acessível, dos mil que o IHRU prevê edificar em Setúbal, segundo comunicado da autarquia. A nordeste do Parque Verde da Bela Vista estão a ser erguidos dois blocos de quatro pisos, que irão disponibilizar tipologias T1, T2 e T3.

Cada uma das 48 habitações vai ter um lugar de estacionamento na cave, dotado de ponto de carregamento para automóveis elétricos, enquanto os arranjos exteriores vão contemplar uma zona comunitária com parque para crianças e zonas verdes. A obra teve início há três meses e no terreno já estão colocadas um total de 240 estacas.

O projeto integra a Estratégia Local de Habitação do concelho de Setúbal e surge na sequência de, em 2020, o município ter apresentado à então secretária de Estado da Habitação, Ana Pinho, um estudo urbanístico para ocupação dos terrenos do IHRU com construção de habitação por parte do instituto e da Câmara Municipal, neste caso nas áreas que lhe foram cedidas.

André Martins, Presidente da Câmara Municipal de Setúbal, afirmou que estes são “os primeiros 48 novos fogos”, mas vai haver mais obras “no sentido de criar as condições para que a população de Setúbal tenha habitações condignas e, portanto, se possa continuar a ter a esperança de viver bem” na cidade.

Presente na ocasião, Benjamim Pereira, presidente do IHRU, adiantou que o edifício, que representa um investimento “muito próximo dos oito milhões de euros”, estará concluído “a partir de meados do próximo ano” e que “dentro de poucos dias será feita a consignação de um novo empreendimento com 160 fogos, para um valor global de cerca de mil fogos em Setúbal”.

Para o presidente do IHRU “a componente da habitação acessível é fundamental, principalmente para os casais jovens e para a fixação de população”, mas sublinhou que a componente social “também é muito importante” por se dirigir a “pessoas que não conseguem atingir os rendimentos necessários” para terem uma habitação. “Não podemos permitir que haja um descontrolo do ponto de vista da ocupação do território. Estou a falar em concreto daquilo que está mais na ordem do dia, que é o aparecimento de barracas”, acrescentou.