Nunca os preços das casas tinham subido tanto num início de ano: os preços das habitações aumentaram 16,3% no primeiro trimestre deste ano em termos homólogos, mais 4,7 pontos percentuais do que no trimestre anterior, um novo máximo histórico da série disponível do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os preços das casas existentes subiram 17,0%, acima da observada nas habitações novas (14,5%). Em relação ao trimestre anterior, o Índice de Preços da Habitação (IPHab) aumentou 4,8% (3,0% no trimestre precedente), tendo as casas existentes registado um crescimento dos preços superior ao das habitações novas, com variações de 5,3% e 3,7%, respetivamente.
41.358 habitações transacionadas no 1º trimestre
Entre janeiro e março de 2025, transacionaram-se 41.358 habitações, correspondendo a um crescimento homólogo de 25%, abaixo da taxa de variação de 32,5% verificada no trimestre anterior e a uma redução em cadeia de 8,5%. Em valor, as transações registadas ascenderam a 9,6 mil milhões de euros, mais 42,9% face a idêntico período de 2024.
Vendas de habitações a famílias correspondem a 86,2% do total
De acordo com o INE, no trimestre de referência, as habitações adquiridas por compradores pertencentes ao setor institucional das famílias corresponderam a 35.967 unidades (87,0% do total), totalizando 8,3 mil milhões de euros (86,2% do total). O registo apurado representou um crescimento do número de transações de 27,2% em termos homólogos e uma redução de 7,4% relativamente ao trimestre anterior. Em valor, as vendas de habitações a famílias corresponderam a 8,3 mil milhões de euros.
Neste período, 5,1% do número total de transações (2.098 habitações) envolveram compradores com um domicílio fiscal fora do território nacional, percentagem que sobe para 8,2% se se considerar o valor transacionado.