De janeiro a agosto, o segmento habitacional foi o mais procurado, tendo representado cerca de 83,5% da procura global de investimento internacional no Algarve. Segundo os dados apurados pela Remax, a zona mais ocidental do Algarve, representou cerca de 60% da procura estrangeira, face aos 40% dos concelhos mais a Este.
Portimão destacou-se enquanto concelho algarvio mais procurado por investidores estrangeiros. Os dados da rede imobiliária, relativos aos primeiros oito meses do ano, mostram que, por concelho, Portimão lidera o ranking da procura estrangeira por imóveis, registando 23,6% do total na região. Seguem-se Albufeira (11,3%), Lagos (8,2%) e Silves (7,5%). Entre os concelhos do sotavento há muita similitude na procura: Loulé (8,9%), Faro (8,8%), Tavira (8,6%) e Olhão (6,6%).
A Remax indica que a freguesia de Portimão (pertencente ao concelho com o mesmo nome), a de Albufeira e de Olhos de Água (Albufeira), a de Tavira (Tavira), a de Faro (Faro) e a de Quarteira (Loulé), no seu conjunto concentraram cerca de 50% de toda a procura internacional no Algarve.
Neste período, os cidadãos estrangeiros mostraram mais interesse por apartamentos (61,9%), seguindo-se as moradias (21,6%) e terrenos (10,4%). Nos apartamentos verificou-se maior procura das tipologias T2 (45,8%), T3 (26,5%) e T1 (21%). No que diz respeito às moradias, os investidores internacionais privilegiaram as de tipologia T2 (41,4%), seguindo-se as T3, que somaram 29%, e ainda moradias T4 (10,3%).
Em termos de mercados que mais requisitaram o Algarve, o de compra e venda foi liderado por investidores ingleses, com 15,7% das transações. Seguem-se os brasileiros (14,9%), franceses (8,4%), norte-americanos (7,8%) e alemães (6,9%). No arrendamento, os cidadãos de nacionalidade brasileira e inglesa evidenciaram-se com cerca de 16,5% cada, seguidos pelos alemães (10,3%), espanhóis (4,6%) e norte-americanos (4,1%).
Beatriz Rubio, CEO da Remax Portugal, explica que «os clientes internacionais elegem cada vez mais a região algarvia para aposta em produto imobiliário. Trata-se de uma zona de expansão que se tem posicionado não só como um destino turístico, mas também na fixação de residentes não habituais. O segmento habitacional sobressai na procura global de investimento internacional no Algarve, contudo verificam-se algumas diferenças entre as duas principais nacionalidades estrangeiras. Nestes primeiros oito meses do ano, notamos que os cidadãos brasileiros representaram uma maior procura na aquisição de apartamentos, face aos de nacionalidade inglesa, sendo que nas moradias o cenário inverte-se, com uma clara predominância do interesse dos investidores ingleses».