Entre janeiro e junho entraram nas câmaras municipais de Portugal Continental 11.400 pedidos de licenciamento para novos projetos habitacionais. No total, está em causa uma oferta futura que poderá colocar no mercado cerca de 35.000 casas. Destas, 24.000 (69%) são apartamentos e 11.000 (31%) são moradias. Os dados são do Pipeline Imobiliário, apurado pela Confidencial Imobiliário a partir do tratamento estatístico dos pré-certificados energéticos emitidos pela ADENE.
As Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto concentram, cada uma, 21% do número total de fogos em tramitação no país nestes seis meses, correspondentes a carteiras regionais de cerca de 7.300 fogos. Juntas, as duas áreas metropolitanas reúnem 12 dos 19 concelhos do país com pipelines superiores a 400 habitações. O ranking é liderado pelo Porto, com 2.300 novas casas submetidas a licenciamento entre janeiro e junho, seguido de Vila Nova de Gaia (2.100) e Lisboa (1.750).
Entre os concelhos com maior volume de nova promoção residencial na AM Lisboa incluem-se ainda Loures (850 fogos), Sintra (610), Oeiras (500), Seixal (490), Cascais (470) e Almada (455). A região do Porto conta também com a Maia (670 fogos), Matosinhos (565) e Gondomar (600).
A Confidencial Imobiliário destaca, também, a dinâmica de outras cidades do país. Desde logo Vila Nova de Famalicão, o único concelho a par de Porto, Vila Nova de Gaia e Lisboa, com mais de 1.000 fogos em carteira (1.005), bem como Barcelos e Leiria, ambas com pipelines da ordem dos 750 fogos. Completam a lista as cidades capitais de distrito de Braga e Coimbra, onde o volume de fogos submetidos até junho é de 590 e 520 unidades, respetivamente, e ainda Viana do Castelo (450) e Aveiro (425).
Importa ainda destacar a continuidade da aposta nos projetos de maior dimensão. No 1º semestre contabilizam-se 18 novos projetos com mais de 100 fogos, os quais agregam 2.840 fogos, ou seja, 8% do pipeline nacional. O maior destes projetos situa-se em Vila Nova de Gaia e totaliza 348 apartamentos, destacando-se ainda o facto de o pipeline nacional incluir três outros edifícios com mais de 200 unidades, localizados em Lisboa, Oeiras e Porto.