A Câmara de Lisboa aprovou, na reunião de vereação realizada esta quarta-feira, a alteração do Plano de Urbanização do Vale de Santo António (PUVSA), de acordo com comunicado da autarquia.
Prevê-se a construção de 2.400 habitações acessíveis (numa área mista de habitação, comércio e serviços), a criação de um parque urbano de «dimensão generosa» e de novos miradouros, numa iniciativa que visa não só a expansão habitacional, como também a melhoria do espaço público e da qualidade de vida dos residentes.
O documento, aprovado em reunião de câmara, será agora submetido a discussão pública durante 20 dias úteis. No documento está contemplada a «promoção de arrendamento acessível», para fixar no território – que é, em grande parte, propriedade municipal, nas freguesias de São Vicente, Beato e Penha de França – «famílias e população jovem», lê-se no comunicado.
Um novo bairro da cidade
Para além das 2.400 casas «a afetar a programas de arrendamento acessível», a proposta aponta para a construção de um parque urbano de grande dimensão, com uma rede pedonal em rampas que «permite, com facilidade, aceder ao parque». No local, serão ainda salvaguardados os ângulos de visão e introduzidos novos miradouros com vista para o rio Tejo.
Também são previstas medidas para melhorar a mobilidade, bem como serviços de apoio que permitam reduzir as necessidades de deslocação da população residente, privilegiando as deslocações de curta distância que dispensem o recurso ao transporte individual.
A proposta foi subscrita pela vereadora do Urbanismo, Joana Almeida, que sublinhou a importância para a cidade da requalificação desta zona. De acordo com o Público, os terrenos com 48 hectares deverão estar totalmente urbanizados em 2036. O investimento previsto é de 750 milhões de euros.