Já foi aprovado pela autarquia o Plano de Atividades e Orçamento da MatosinhosHabit para 2021, que integra uma série de novas medidas para o setor da habitação no concelho, através de «um investimento sem precedentes na criação e disponibilização de soluções diversas» para a habitação.
Partindo da Estratégia Local de Habitação, o investimento neste ano de 2021 vai passar por novas respostas habitacionais de apoio à população, alargando a abrangência social a que se destinam, incluindo novos públicos como proprietários, classe média, jovens ativos ou estudantes, segundo refere a MatosinhosHabit em comunicado.
No âmbito do protocolo estabelecido com o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana, ao abrigo do programa “1º Direito”, serão investidos 57 milhões de euros na área da habitação, e a MatosinhosHabit vai disponibilizar vários recursos habitacionais para os agregados familiares que vivam em condições precárias. As intervenções podem passar pela reabilitação de frações ou de prédios habitacionais, pela construção de novos edifícios ou aquisição e reabilitação de frações de prédios degradados. «O programa “1º Direito” continuará com o apoio da MatosinhosHabit na sua divulgação e aproximação à comunidade, assim como no acompanhamento e formalização dos processos de candidatura. É objetivo da MatosinhosHabit, a formalização de 150 candidaturas ao “1.º Direito”, no decorrer do ano de 2021, apostando fortemente na sua divulgação junto da população, assim como no acompanhamento e formalização dos processos de candidatura», pode ler-se em comunicado.
Por outro lado, no âmbito do programa “Matosinhos: Casa Acessível, o novo programa de arrendamento municipal, a MatosinhosHabit quer criar «uma resposta habitacional, face à crescente procura de habitação e aos elevados preços praticados. O “Casa Acessível” vai materializar-se através de uma resposta de apoio inovadora a segmentos sociais que não se encontram abrangidos nos atuais programas municipais, e que se confrontam com diversas dificuldades em virtude da incapacidade para arrendar a preços compatíveis com os seus rendimentos».
E recorda que «ainda este mês foi formalizado o protocolo de cooperação entre o município e a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), que permitirá a divulgação do “Casa Acessível” junto dos seus associados e do setor da mediação imobiliária, bem como apoiar os mediadores imobiliários aderentes na preparação e submissão das candidaturas ao programa».
Paralelamente, deverá seguir a reabilitação do parque habitacional municipal do concelho de Matosinhos, executando a totalidade de um investimento de 15 milhões de euros na reabilitação de vários conjuntos habitacionais. Uma das principais novidades em 2021, será a «introdução de uma importante melhoria do desempenho energético dos edifícios e das habitações. Serão desenvolvidos estudos para a construção de novas fases no Conjunto Habitacional de São Gens - Piscinas (Custóias) e da Cruz de Pau (Matosinhos)».
Este ano, Matosinhos quer criar sete novas Áreas de Reabilitação Urbana (que vão perfazer 11 ARUs), nomeadamente: Lavra, Custóias, Senhora da Hora, Perafita, Santa Cruz do Bispo, Guifões e Leça do Balio. «Afigurando-se como um importante instrumento de gestão territorial para a revitalização da área e potencial motor de economia, as novas ARU promoverão igualmente a melhoria da qualidade de vida, atuando como fator de atratividade e forma de acesso a apoios e incentivos, específicos para imóveis e/ou frações localizados nestas zonas», refere ainda a MatosinhosHabit.