A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação foi 4,657% em janeiro, sendo o valor mais elevado desde março de 2009. Este valor representa um aumento de 6,4 pontos base em relação a dezembro de 2023, mês em que a taxa fixou-se em 4,593%. São os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta segunda-feira.
Note-se que, pelo oitavo mês consecutivo, os aumentos da taxa de juro implícita têm vindo a ser progressivamente menos intensos. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu pela terceira vez consecutiva, passando de 4,342% em dezembro de 2023 para 4,315% em janeiro de 2024.
Prestação média sobe para 404 euros, valor máximo desde o início da série
No mês em análise, a prestação média fixou-se em 404 euros, o valor máximo desde o início da série (janeiro de 2009), mais 4 euros que em dezembro de 2023 e mais 89 euros que em janeiro do ano passado, o que traduz um aumento mensal de 1,0%.
No último mês, os juros representaram 61% da prestação média do crédito à habitação, o que compara com 36% em janeiro de 2023. Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, o valor médio da prestação desceu 12 euros face ao mês anterior, para 639 euros em janeiro deste ano, o que corresponde a um aumento de 20,3% face ao mesmo mês do ano anterior. Já o capital médio em dívida para a totalidade dos créditos à habitação aumentou 193 euros, para 64.790 euros.
Para o destino de financiamento aquisição de habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 4,623%. Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, a taxa de juro registou a terceira redução consecutiva, diminuindo 2,9 p.p. face ao mês anterior, fixando-se em 4,297%.