Habitação valorizou 9,1% em 2024. Transações subiram 14,5%

imagem ilustrativa
Shutterstock

2024 seguiu a trajetória de crescimento dos preços das habitações. O Índice de Preços da Habitação, agora divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística, aumentou 9,1% face ao ano anterior, mais 0,9 pontos percentuais do que em 2023. No global do ano, o preço das casas usadas subiu 9,7%, e o das casas novas 7,5%.

Só no último trimestre do ano, a variação homóloga dos preços fixou-se nos 11,6%, acelerando 1,8% face à variação registada no trimestre anterior. Novamente, a subida dos preços foi mais expressiva no caso dos fogos usados (12,4%) do que nos fogos novos (9,6%). E entre o 3º e o 4º trimestres de 2024, o IPHab cresceu 3%, 3% no caso das habitações existentes e 2,9% nas habitações novas.

Nos últimos anos, a taxa de variação média anual rondou os 8,2% em 2023, 12,6% em 2022 e 9,4% em 2021.

Segundo as últimas contas do INE, foram registadas 156.325 transações de habitação, mais 14,5% face a 2023, num volume total de 33.800 milhões de euros, mais 20,8% que no ano anterior. Em número e valor transacionado, os fogos usados aumentaram 14,8% e 21,1%, respetivamente, e os fogos novos 13,4% em número e 20% em valor.

Entre outubro e dezembro, registaram-se 45.214 transações de habitações, uma subida expressiva de 32,5% face ao período homólogo de 2023, e de 10,5% face ao trimestre anterior.

No global do ano, todas as regiões do país, à exceção do Algarve, registaram subidas do valor e do número de transações de alojamentos, face ao ano anterior. Península de Setúbal, o Norte, o Centro, a Região Autónoma da Madeira e a Região Autónoma dos Açores apresentaram os crescimentos mais intensos, compreendidas entre 15,7% e 17,3% em número, e entre 22,7% e 37,3% em valor. A Grande Lisboa registou um aumento de 16,7% no número de transações e de 20,1% em valor. Destaque também para o Oeste e Vale do Tejo, com uma subida de 13% do número e de 24,8% do valor das transações.

Pelo contrário, O Alentejo e o Algarve foram as regiões com menor dinamismo no mercado imobiliário, com taxas de variação de 12,8% e -1,9%, respetivamente, no número de transações e de 12,0% e 2,2% no valor das vendas.

As últimas estatísticas mostram que, as vendas de alojamentos ao setor institucional das Famílias aumentaram 15,2% em 2024, face ao ano anterior, num total de 134.540 unidades, com um volume de 28.700 milhões de euros.

Em 2024, 9.774 habitações foram compradas por não residentes, menos 5,9% do que em 2023. Destes, 4.883 alojamentos foram adquiridos por compradores com domicílio fiscal na União Europeia. As compras por cidadãos dos restantes países desceram -8,9%, para 4.891 unidades.

Região Norte e Grande Lisboa aumentam representatividade

A região Norte registou em 2024 um total de 46.361 casas vendidas, e a Grande Lisboa 30.162, somando uma quota de 49% de todas as transações do país. Foram estas as regiões do país que registaram os maiores aumentos das respetivas quotas regionais, de 0,6% e 0,4%, respetivamente.

Destaque também para o Centro, que registou 24.850 transações, para a Península de Setúbal, com 14.944 vendas, e para os Açores, com 2.760 transações, todas elas com aumentos na quota regional. O Oeste e Vale do Tejo e o Algarve registaram 14.384 e 11.184 transações, respetivamente, com descidas dos seus pesos relativos na região.

Transações da Grande Lisboa atingem os 10.900 milhões de euros

Só na região da Grande Lisboa, o valor das transações de habitação atingiu os 10.900 milhões de euros, 32,2% do total nacional, e apenas -0,1% que no ano anterior. Na região Norte, as vendas somaram os 8.400 milhões de euros, e os 3700 milhões de euros no Algarve, representando 24,8% e 10,9%, respetivamente. Na Península de Setúbal, as habitações somaram os 3.200 milhões de euros, 9,6% do total.