Habitação: “aumentar a oferta é o caminho”, defende Luís Montenegro

Habitação: “aumentar a oferta é o caminho”, defende Luís Montenegro
Luís Montenegro esteve, esta segunda-feira, no Porto, na apresentação do livro "Políticas de Habitação Acessível: no Norte de Portugal".

Os desafios no acesso à habitação são um  «problema estrutural» e que exige «aumentar a oferta pública, privada e social em simultâneo e em complementaridade». Para o primeiro-ministro «aumentar a oferta é o caminho para conter e, eventualmente, diminuir o preço da habitação» afirmou esta segunda-feira, no Porto.

Para isso assume-se disponível para «arriscar» nas soluções para a habitação. «Se não estamos disponíveis para digitalizar procedimentos, para evitar litígios, para aumentar oferta de terrenos disponíveis... Então querem resolver o problema da habitação mantendo tudo na mesma? Pois eu acho que não deve ser assim. Nós estamos aqui para arriscar as nossas soluções. Para arriscar com a sociedade, com as autarquias, com os engenheiros, com os arquitetos, com os técnicos, para arriscar com as instituições públicas, sim», sublinhou.

O primeiro-ministro falava no auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, onde participou na apresentação do livro "Políticas de Habitação Acessível: no Norte de Portugal e na Europa", de Álvaro Santos e Miguel Branco Teixeira.

Álvaro Santos: «A crise na habitação é comum a toda a Europa»

O livro "Políticas de Habitação Acessível: no Norte de Portugal e na Europa" «reúne análises e recomendações para enfrentar a crise habitacional sentida em Portugal, mas que é comum a toda a Europa», explicou Álvaro Santos, coautor do livro e CEO da Agenda Urbana. Olhando para a experiência e soluções de cidades como Amesterdão, Barcelona, Berlim, Helsínquia, Paris e Viena e algumas capitais de distrito do Norte de Portugal, este livro aborda e analisa boas práticas nacionais e internacionais.

Na sessão de apresentação, perante o primeiro-ministro, autarcas e privados, Álvaro Santos deixou o alerta «apesar dos Municípios terem visto ampliadas as suas oportunidades de resposta, há um longo caminho a percorrer. E este desafio deve mobilizar-nos a todos. Temos o maior investimento público em habitação dos últimos 50 anos. São 4,2 mil milhões para executar até 2030».