Garantia pública para compra de casa por jovens operacional até final do ano

Garantia pública para compra de casa por jovens operacional até final do ano
Fotografia de Freepik.

A garantia pública para compra de casa por jovens vai estar operacional até ao final do ano, garantiu o ministro das Finanças no Parlamento, adiantando também que a isenção do IMT e Imposto do Selo já tem seis mil beneficiários.

«Há jovens que estão à espera da concretização da garantia, está já regulamentada e até ao final do ano os jovens poderão fazer escrituras com garantia pública, medida que em Espanha tem corrido bastante bem», disse o ministro, na audição no âmbito do Orçamento do Estado para 2025, de acordo com a RTP.

Joaquim Miranda Sarmento salientou que a medida «vai estar operacional até ao final do ano, os bancos estão muito recetivos a ela, foi feito um trabalho relevante com a Associação Portuguesa de Bancos (APB) e com o Banco de Portugal, e estamos confiantes de que vai ajudar muitos jovens a comprar casa», conjugada com a isenção de IMT e imposto de selo.

A medida entrará, então, em vigor «nos últimos dias de dezembro», sendo que o decreto-lei foi publicado, já há regulamentos e «os bancos têm agora 60 dias para implementar, que terminam no final de dezembro».

O ministro destacou ainda que a garantia pública «só terá impacto orçamental se houver incumprimento», recordando que «mesmo nos piores anos da crise, os níveis de incumprimento foram próximos de zero». Assim, apontou que o Eurostat, no próximo ano, «dificilmente vai considerar algum valor nas contas nacionais», nos cálculos sobre as contas públicas.

Isenção do IMT e Imposto do Selo já tem seis mil beneficiários

Já no que diz respeito à isenção de IMT e imposto de selo, Joaquim Miranda Sarmento adiantou que já há seis mil jovens beneficiários, o que «mostra também que, naturalmente, alguns jovens tomaram a decisão de compra à espera do benefício».

Recorde-se que a garantia pública para crédito à habitação para a primeira casa de jovens entre os 18 e os 35 anos permitirá ao Estado garantir, enquanto fiador, até 15% do valor da transação, estando abrangidas compras até 450 mil euros e jovens que não obtenham rendimentos superiores ao do oitavo escalão do IRS (81.199 euros de rendimento coletável anual).