Casas até 150 mil euros representam menos de 20% da oferta da Remax

Casas até 150 mil euros representam menos de 20% da oferta da Remax
Fotografia cedida pela Remax.

Até início de agosto, a Remax Portugal tinha um stock de 28.975 casas (apartamentos, moradias, quintas), 4.605 (15,9%) das quais com um preço igual ou inferior a 150 mil euros.

Castelo Branco é o distrito que regista o maior número de casas com valores acessíveis, seguido de Viseu e Coimbra, que fecham o top 3. Na análise à oferta residencial agora apresentada pela Remax é possível verificar que, por distrito, Castelo Branco destaca-se com o maior número de imóveis habitacionais com esses valores (535), o que corresponde a uma fatia de 11,6% do total nacional. Seguem-se Viseu (11,6%); Coimbra (9,6%); Santarém (8,3%); Porto (7,5%); Braga (7%); Leiria (6,4%); Portalegre (6,2%); Guarda (5,3%) e Vila Real (5,2%), que fecham o top 10 dos distritos

No que concerne a outros escalões de preços de imóveis, até julho, a rede soma um total nacional de 28.975 casas, das quais 6.856 (23,7%) custam entre 151 mil e os 300 mil euros. Destacar ainda que entre 301 mil e 450 mil euros, a rede contabiliza 6.852 imóveis habitacionais (23,6%) e 10.662 (36,8%) de imóveis com valor superior a 451 mil euros do total nacional.

No que respeita ao peso do tipo de imóvel em cada escalão de preço, os apartamentos que custam até 150 mil euros representam 11,9% e as moradias e quintas 88,2%. Entre 151 mil e 300 mil euros, a rede contabiliza 60,2% de apartamentos e 39,8% de moradias e quintas.

Por sua vez, imóveis com valores entre 301 mil e 450 mil euros, a Remax soma 67,9% de apartamentos e 32,1% de moradias e quintas e, acima de 451 mil euros, 48,8% de apartamentos e 51,2% de moradias e quintas. No global, até ao início de agosto, na rede imobiliária os apartamentos tinham um peso total de 50,2%, enquanto que as moradias e quintas 49,8%.

Segundo Manuel Alvarez, presidente da Remax, “é consensual a ideia de que há uma escassez da oferta da habitação, quer em quantidade, quer em diversidade, pelo menos em várias regiões do país, o que tem levado a um aumento dos preços, como temos verificado nos últimos anos. Os elevados custos de construção, associados à escassez de mão de obra qualificada e a processos burocráticos lentos, são obstáculos significativos ao aumento da oferta. É vital uma estratégia coordenada entre o setor público e o privado. Medidas como a cedência regulada de terrenos municipais para habitação a preços acessíveis, a simplificação do licenciamento e a redução de impostos sobre materiais de construção podem atrair mais investimento e acelerar a produção de novas habitações”.

O responsável acrescenta que “paralelamente, é fundamental diversificar a oferta, com habitações acessíveis e adaptadas às necessidades da maioria da população. Com soluções integradas e medidas eficazes, será possível superar a crise habitacional, promovendo um mercado mais equilibrado e acessível para todos”.