Câmara de Lisboa aprova novo subsídio ao arrendamento acessível

Câmara de Lisboa aprova novo subsídio ao arrendamento acessível
Fotografia de Freepik.

A Câmara de Lisboa aprovou a 8ª edição do Subsídio Municipal ao Arrendamento Acessível (SMAA) para continuar a apoiar financeiramente inquilinos no mercado privado que despendem mais de 30% do seu rendimento com o pagamento da renda.

Toda a gente que precisa de ajuda a pagar a renda, se estiver dentro dos limites do rendimento e dos limites de rendas, a câmara ajuda a pagar”, afirmou a vereadora da Habitação, Filipa Roseta, na apresentação da proposta para a nova edição do SMAA, citada pelo Observador.

A proposta foi aprovada por unanimidade. As candidaturas à 8.ª edição do SMAA já estão abertas e, à semelhança das últimas edições, podem concorrer pessoas que têm rendimentos abaixo do salário mínimo nacional, estando fixado em 6.000 euros o valor mínimo de rendimento anual do agregado familiar para acesso a este apoio à habitação, para permitir que mais pessoas possam aceder ao programa e beneficiem de um apoio mensal no pagamento da renda.

O valor máximo de rendimento anual para concorrer a este apoio é de 35.000 euros no caso de uma pessoa e de 45.000 euros no caso de duas pessoas, a que pode acrescer 5.000 euros por cada dependente adicional que conste na declaração de IRS, segundo as regras do SMAA, que indicam que o valor da renda mensal contratada não pode ser superior a 600 euros para T0, 900 euros para T1, 1.150 euros para T2, 1.375 euros para T3 e 1.550 euros para T4.

Temos 1.200 famílias que já receberam o apoio à renda, isto é mais do que os últimos três mandatos juntos”

 

Temos 1.200 famílias que já receberam o apoio à renda, isto é mais do que os últimos três mandatos juntos”, indicou a vereadora da Habitação, referindo que nos últimos três anos deste mandato, entre 2022 e 2024, a câmara aprovou quatro milhões de euros em apoios à renda, “que também é mais do que os últimos 10 anos juntos”.

A vereadora sublinhou que esta medida de apoio à renda “é rápida de implementar”, em que a câmara assegura uma renda acessível nas casas onde as pessoas já vivem no mercado privado, ressalvando que o município tem outras respostas na área da habitação.

Filipa Roseta adiantou que o apoio médio no âmbito do SMAA é 240 euros por mês, referindo que, do total de beneficiários, 1.000 famílias recebem acima do salário mínimo e 200 recebem abaixo, acrescentando que a maioria é já residente em Lisboa, inclusive “alguns reformados”, e só há a indicação de um deslocado. A vereação da Habitação reforçou ainda que, entre quem se candidatou e cumpriu os critérios, “ninguém ficou de fora”, e disse que a média das rendas apresentadas foi de 740 euros/mês.

Tendo em conta a atual situação de crise habitacional e o agravamento generalizado dos valores das rendas, entende-se ser fundamental garantir a continuidade deste apoio, com efeitos retroativos ao mês de março de 2025, pelo período de um ano, com possibilidade de renovação, concedendo assim aos candidatos um apoio essencial para a sua estabilidade habitacional”, lê-se na proposta.