A JLL deu um contributo determinante para o desempenho do mercado de escritórios em 2023, gerando um terço do take-up anual em Lisboa. A JLL foi responsável pela colocação de cerca de 34.500 metros quadrados em Lisboa, o equivalente a 33% de toda a atividade anual, que somou 112.500 metros quadrados.
No ano passado, a consultora esteve envolvida em 46 das 152 operações registadas no mercado, incluindo a realização da maior transação do ano, o arrendamento da totalidade do The Office, a antiga sede da Bayer, em Alfragide, da qual a JLL detinha o exclusivo de comercialização e que foi integralmente arrendada a uma empresa na área da saúde.
Quanto ao mercado de escritórios do Porto, cerca de 22% do take-up em 2023, no total de 11.200 metros quadrados, foi gerado pela consultora imobiliária, que esteve envolvida em várias operações de destaque, incluindo a colocação da Planet Payment em 1.600 metros quadrados do Trinity Porto, e a instalação da Critical Techworks em 2.000 m² no Polo de Negócios de Braga.
“O mercado tem condições para reativar a sua atividade para níveis médios na ordem dos 150.000 a 170.000 m², sendo um dos melhores indicadores da solidez deste setor a sustentação das rendas apesar da compressão no take-up.”
Sofia Tavares, Head of Office Leasing da JLL, comenta que «ficamos muito satisfeitos em poder contribuir para a dinamização do mercado de escritórios num ano especialmente desafiante para o setor. Acreditamos que a redução no volume de absorção sentida este ano é sobretudo um efeito conjuntural, já que as empresas continuam ativas na procura de instalações e olham até para novas localizações, como é o caso de Braga, a Norte. Os drivers da procura são mais exigentes do que nunca a nível de qualidade, flexibilidade e cumprimento de critérios ESG, e, naturalmente, o tempo de seleção e decisão acaba por ser também mais demorado, com efeitos nos níveis de absorção».
Volume de absorção em Lisboa recuou 59%
Em 2023, de acordo com o Ofice Flashpoint da JLL, foram ocupados cerca de 112.500 m² de escritórios em Lisboa, atividade que reduz 60% face aos 272.000 m² tomados em 2022. Esta redução acontece face àquele que foi melhor ano de sempre no mercado de Lisboa, mas reflete também o impacto negativo da conjuntura económica adversa e a menor disponibilidade de áreas de grande dimensão.
No cômputo do ano foram concretizadas 152 operações (-24% do que 2022), o que traduz uma área média por operação de 740 m2, indicador que comprimiu 46% face a 2022. A Nova Zona de Escritórios (zona 3) continuou a dar um dos maiores contributos para a dinâmica do mercado, com uma quota de 23% na absorção anual, logo seguida pelas zonas do Parque das Nações (zona 5) e do Corredor Oeste (zona 6), cada uma com uma fatia de 21% da absorção em Lisboa. Do lado da procura, as empresas de TMT’s & Utilities foram as mais dinâmicas, gerando 24% da absorção no mercado.
... no Porto a queda homóloga foi menos impactante
No que toca ao Porto, a atividade de ocupação de escritórios em 2023 foi menos penalizada, com um decréscimo de 14% no take-up face a 2022. No ano passado, foram tomados cerca de 50.000 m² de escritórios no Porto, registando-se 64 operações. O CBD Boavista foi a zona mais dinâmica ao longo do ano, agregando 31% da ocupação registada no mercado, enquanto do lado da procura foram as empresas de TMT’s & Utilities que geraram o maior volume de ocupação, com 30% do take-up de escritórios do Porto em 2023, embora seguidas de perto pelas empresas de Outros Serviços, com uma quota de 26%.