O mais recente relatório da Savills, Prime Office Costs, revela que, no último trimestre de 2024, as rendas de escritórios prime aumentaram 0,3% a nível global, enquanto os custos de instalação subiram 0,2%, uma vez que a procura por escritórios de elevada qualidade continua a crescer em muitos mercados do mundo.
No quarto trimestre, os custos efetivos líquidos médios registaram um ligeiro acréscimo de 0,1%, mantendo uma tendência moderada de crescimento de 1,9% ao longo do ano. Londres (West End), Hong Kong e Nova Iorque (Midtown) continuam no topo dos 35 mercados analisados pela Savills.
Algumas cidades destacaram-se pelas variações significativas nos custos. No Dubai e em Los Angeles, os custos efetivos líquidos para os inquilinos subiram 7% e 5%, respetivamente, impulsionados pela forte procura. Já na região EMEA, registou-se um aumento de 0,7% nos custos efetivos líquidos no último trimestre.
De acordo com a Savills, em Portugal, Lisboa e Porto registaram um crescimento notável da ocupação de escritórios, a par de um aumento dos valores prime de arrendamento que se situaram nos 29 euros/m²/mês na capital e em 21 euros/m²/mês na Invicta.
Frederico Leitão de Sousa, Head of Offices da Savills, sublinha que «Portugal, com destaque para Lisboa e Porto, está no radar de inúmeras empresas internacionais, beneficiando de um mercado ocupacional dinâmico com um take-up robusto e índices de vacancy extremamente baixos, uma realidade mais notória nos edifícios Grade A (60% do pipeline de 2025/2026 já pre-let), criando uma pressão nas rendas, que se reflete no aumento da prime rent em ambas as cidades. Acresce, que o return to office já se consolidou como realidade, acompanhando a tendência dos países do sul da Europa».
De acordo com a Savills, a atividade geral de leasing aumentou 18% no segundo semestre em comparação com o primeiro semestre de 2024. No seu relatório complementar Market Makers, a consultora revelou que pouco mais de metade (54%) dos negócios analisados eram novos arrendamentos ou expansões, refletindo a positividade entre os principais inquilinos e a resiliência dos espaços de escritórios prime.
Pouco mais de um terço (33%) dos negócios são alusivos a espaços da mesma dimensão, enquanto 13% refletiram uma redução de área. Globalmente, o setor financeiro ultrapassou o da tecnologia no segundo semestre de 2024, tanto em número de negócios como em área transacionada.
Rick Schuham, CEO of Global Occupier Services at Savills, comenta que «os escritórios ultra prime continuam a representar um ativo estratégico essencial para muitas empresas a nível global e quase todos os setores registaram um aumento da área transacionada no segundo semestre de 2024 em comparação com o primeiro semestre do ano passado. Em 2025, esperamos um crescimento contínuo no volume de arrendamento e leasing, uma vez que o crescimento do custo do efeito líquido que vimos em todo o mundo no ano passado deverá continuar no futuro».