A Cushman & Wakefield lançou uma análise sobre o impacto do design do espaço de trabalho para a neurodiversidade e apontou algumas recomendações para que as organizações tornem os seus escritórios mais atrativos, como também mais inclusivos.
Entre 15% e 20% da população mundial é neurodivergente: ansiedade, défice de atenção, hiperatividade, autismo, dislexia, ou dispraxia, são algumas das condições comuns que tornam um individuo neurodivergente. Estas pessoas sentem-se mais facilmente impactadas por sons, cores, padrões ou ruídos, aponta a C&W.
Conceber ambientes de trabalho que suportem as necessidades de pessoas neurodivergentes vai certamente dar resposta às necessidades de todos, sendo importante considerar elementos como a iluminação, o movimento, o som, a cor, os odores, a temperatura e a qualidade do ar, uma vez que tudo isto pode afetar as condições neurológicas.
Isso pode ser conseguido através do design intencionalmente inclusivo e mais sensorial, a par com a cultura organizacional e a flexibilidade. Neste sentido, a consultora aponta algumas recomendações: controlo localizado da temperatura; design com preocupações acústicas; sistemas eficientes de filtragem do ar; organização e localização de postos de trabalho ou zonas de trabalho; iluminação circadiana; padrões de design “mind-friendly” e percursos previsíveis; tecnologia inclusiva.
Segundo Marta Alves, Workplace Strategy & Change Management Senior Consultant - Project & Development Services - da Cushman & Wakefield Portugal, «o tema da Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) vai muito para além questões de raça, género ou religião. A neurodiversidade é algo bastante comum na sociedade em geral e como tal tem de estar plenamente integrada no dia-a-dia das organizações».
Para a responsável «é extraordinariamente importante ter todas estas considerações presentes quando pensamos na conceção, organização, funcionalidade e tecnologia associada a um escritório, para que se consiga oferecer um espaço de trabalho inclusivo, acomodando as necessidades dos utilizadores através de ambientes onde todos se sintam bem, sejam neurodivergentes ou não».