Desde 26 de dezembro, os retalhistas estão proibidos de fazer saldos e promoções (nas lojas físicas), medida excecional que pretende atenuar o contágio da Covid-19 e que será agora levantada. As vendas já desceram 51,2%.
A Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR) levou a cabo um inquérito junto dos seus associados, que representam 3.500 espaços comerciais e de restauração, sobre as suas vendas entre 26 e 31 de dezembro.
Face aos números, que «confirmam que esta medida se revelou injusta e desadequada, sem efeitos na contenção pandémica, e com prejuízos muito significativos para os consumidores e para as empresas», a associação apelou ao «fim imediato» desta medida e a uma «revisão urgente das medidas impostas ao comércio, à restauração e aos cinemas». Na reunião de especialistas, foi decidido o levantamento desta medida, que deveria terminar só a 9 de janeiro.
Justifica que a medida «representou um claro prejuízo para os consumidores e para a faturação nos espaços comerciais, num período especialmente impactante nas contas anuais das empresas e em particular num ano em que se encontraram encerradas durante cerca de 3 meses». Fala mesmo num «desastre financeiro» para as empresas que «contavam com as vendas deste período para minimizar os prejuízos do ano».
No comunicado enviado ao Governo, a AMRR recorda «o esforço e o investimento que os seus associados têm realizado para garantir condições excecionais de segurança e higiene nos seus espaços, em particular os inseridos nos centros comerciais», cita o Negócios.
Por outro lado, a associação diz «compreender» a limitação de entradas nos espaços comerciais, com um rádio de uma pessoa por 5 metros quadrados, e considera a medida «adequada» para evitar ajuntamentos.