Num comunicado enviado às redações reagindo às novas medidas do Estado de Emergência, a AMRR pede «medidas de justa repartição do sacrifício entre proprietários, arrendatários e Estado» para evitar a falência de milhares de empresas.
Miguel Pinas Martins, presidente da AMRR, lembra que «o Governo reconhece que as medidas [tomadas pelo Conselho de Ministros] são péssimas para a restauração e para o comércio. Em especial num período próximo do natal, que é a salvação do ano, para muitos» e justifica que o ano já «está a ser catastrófico».
Assim, a associação considera que «está nas mãos do Governo e da Assembleia República assegurarem a aplicação das rendas variáveis no ano 2021», estendendo assim uma medida introduzida no último Orçamento Suplementar, aprovado no início de julho, e que aprovou a redução do valor das rendas pagas pelos lojistas nos centros comerciais através da suspensão do pagamento das rendas fixas (medida em vigor até ao final do ano).
A AMRR pede também a «redução das rendas dos lojistas e dos restaurantes de rua». No entanto, não refere a forma como esta redução de rendas poderá ser operada. Mas entende que «só assim é possível» ultrapassar a situação causada pela pandemia.
Segundo a Lusa, a associação considera também que é possível aplicar uma maior flexibilização da lotação dos espaços «como medida imediata», justificando que «os lojistas têm feito investimentos enormes para terem espaços seguros e não sentem que esse esforço esteja a ser reconhecido pelo Governo».