Imobiliário poderá aceder a nova linha de €1.000M planeada pelo Governo

Imobiliário poderá aceder a nova linha de €1.000M planeada pelo Governo

O responsável falava à VI no âmbito das Conversas Diárias – Especial Covid-19, avançando que «através da CCP, e em negociação com o Governo, conseguimos inserir a mediação imobiliária numa nova linha de cerca de 1.000 milhões de euros, com condições semelhantes às linhas do turismo e da restauração, que nos vai ajudar imenso» em tempo de crise.

A novidade surge depois de a linha de 200 milhões de euros, a única à qual o imobiliário podia aceder, estar «completamente esgotada», segundo o responsável. «Esperamos que esta nova linha seja oficial no início da semana».

Antevendo tempos difíceis para todos, Luís Lima acredita que «o imobiliário já mostrou no passado que pode ter um papel preponderante na recuperação do país. Nos últimos anos o setor imobiliário foi uma âncora segura, muita gente passou a investir as suas poupanças no imobiliário, e isso vai continuar a acontecer. Nos próximos 2 ou 3 meses vamos preocupar-nos mais com a saúde, mas depois disso sim, vai continuar a ser uma opção. E deverá recuperar até mais rapidamente que o turismo, infelizmente», ajudando a «captar investimento estrangeiro».

Em tempo de crise, apela a que «não se reaja muito emocionalmente», nomeadamente no que toca aos preços. «Nos próximos 2 ou 3 meses, quem poder que adie o lançamento de novos projetos. Vai haver muita pressão. Todos sabemos o que vai acontecer com os preços, e vai haver quem queira comprar a qualquer preço. Quem tiver capacidade financeira, mais cedo ou mais tarde vai voltar a ter procura», comenta.

Luís Lima acredita que «no futuro, o papel do mediador vai voltar a ser fulcral para as empresas se conseguirem aguentar. Cada vez mais os particulares vão precisar dos mediadores para colocar os imóveis no mercado».

E dissipa os medos relacionados com as proptechs: «nos últimos tempos, muitos me têm alertado para o avanço das novas tecnológicas, que poderiam tirar trabalho aos mediadores. Mas vê-se agora que sem o mediador os negócios não se fazem. Somos insubstituíveis, se alguma dúvida havia, as circunstâncias vieram demonstrá-lo».