A informação foi dada na última sexta-feira pela secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves, que falava no Parlamento durante o debate “A pandemia e as suas implicações nas políticas de habitação”, requerido pelo grupo parlamentar do PSD. Segundo a Governante, «uma das questões que estamos a ponderar, e que aliás decorre também do que foi apresentado no PEES – Programa de Estabilização Económica e Social, é [relativamente a] parte destes apoios, tendo em conta os rendimentos das famílias e os efeitos da crise, poder convertê-los em subsídios, portanto não serem empréstimos do IHRU, mas sim subsídios do IHRU».
Marina Gonçalves admite que este apoio, para quem teve perdas de rendimentos por causa da pandemia e não consegue pagar a renda da casa, ou para senhorios que ficaram sem rendas, «não teve uma adesão muito forte, mas a verdade é que, não querendo falar do que foi a opção dos portugueses, também não houve muitos candidatos ao programa». E lembra que, no âmbito do Orçamento do Estado Suplementar, foram aprovadas propostas para tornar o modelo mais simplificado.
A secretária de Estado da Habitação esclareceu ainda na ocasião que «neste momento, não há problemas de atraso no processamento dos apoios» no IHRU, que tem uma equipa dedicada apenas a este instrumento de resposta à pandemia, e que «vai continuar a trabalhar em 2021», citam a Lusa e o Observador.
Marina Gonçalves foi oradora convidada do mais recente webinar da APPII, a 4 de dezembro, que teve como tema o mercado de habitação acessível. Veja ou reveja esta conferência aqui.