Neste período acumulado, a renda da zona do Chiado, referência para o caso, passou dos 75 euros/m²/mês para os atuais 130 euros/m²/mês, notou a JLL na sessão de debate promovida no âmbito do Portugal Real Estate Summit, dedicada ao retalho, sob o mote “Retail: More than shopping centres!”.
Esta sessão foi conduzida por Patrícia Araújo, Head of Retail da JLL, segundo a qual «a alteração à lei do Arrendamento Urbano no final de 2012 foi uma das principais razões para que este formato despertasse o interesse dos retalhistas e emergisse definitivamente como uma opção nas estratégias de implantação das marcas em Portugal». E sustenta que «também o aumento do turismo em Lisboa, a reabilitação urbana que a cidade tem sido alvo e as próprias mudanças nos hábitos de consumo e um estilo de vida mais direcionado para a vivência de bairro contribuíram para impulsionar o crescente sucesso do comércio de rua na capital».
Por seu turno, Pedro Lancastre, diretor geral da JLL, nota que «é muito importante que continuem a existir condições para que o formato se mantenha interessante, especialmente de estabilidade legal, pelo que esperamos que as novas alterações aprovadas recentemente a esta Lei não tenham um impacto muito negativo na tendência crescente estabelecida no comércio de rua».
De acordo com o Market 360º, produzido pela JLL, a renda prime do comércio de rua no Chiado atingiu os 130 euros/m²/mês no 1º semestre deste ano, uma subida de 8,5% face a igual período do ano passado. Na zona da Baixa, o aumento foi mais acentuado, em torno dos 10%, de 90 para 100 euros mensais por metro quadrado.
Nos restantes destinos de compras da cidade as rendas mantiveram-se estáveis. A Avenida da Liberdade manteve o seu valor de referência de 90 euros/m²/mês, e o Príncipe Real manteve os 40 euros/m²/mês, ao passo que o Cais do Sodré manteve-se nos 35 euros/m²/mês, e a Rua Castilho os 30 euros/m²/mês.