Contas feitas, o banco obteve mais valias de 49 milhões de euros com a alienação de um total de 3.852 imóveis, cujo valor contabilístico era de 379 milhões de euros. Estes valores representam uma melhoria significativa em relação aos 272 milhões de euros realizados no mesmo perímetro em 2016, em que foram vendidos 2.566 imóveis com um valor contabilístico de 248 milhões de euros.
Para a concretização destas vendas, o Millenniumbcp dispõe de uma equipa comercial dedicada e que trabalha em estreita colaboração com mediadores imobiliários parceiros, distribuídos de norte a sul do país. Ao longo do ano passado não foi reportada pelo Millenniumbcp nenhuma operação de venda em pacote de ativos imobiliários provenientes de incumprimento e de créditos em execução.
Mas o impacto do imobiliário nas contas do banco será ainda mais significativo, uma vez que aqui não estão incluídos os resultados obtidos através das vendas de outros imóveis próprios detidos pelo banco, nomeadamente aqueles que fazem parte da sua carteira de desinvestimento imobiliário ou aqueles que fazem parte do património sob gestão dos seus fundos.
Lucro disparou para os 186 milhões de euros
Divulgado na passada quarta-feira, no ano passado o resultado líquido do Millennium bcp disparou para os 186 milhões de euros em 2017, quase que octuplicando face aos 24 milhões de euros de lucro registado em 2016.
Nota positiva também para a redução da exposição do banco ao crédito malparado, cujo valor da carteira de NPL (Non Perfoming Loans) desceu 1.800 milhões de euros no ano passado, situando-se atualmente 6.800 milhões de euros, ou seja, abaixo do objetivo plurianual de 7.500 milhões traçado para este período. «Fizémos em dois anos o que tínhamos previsto fazer em três», realçou Nuno Amado, presidente executivo do BCP.
A 31 de dezembro de 2017, a carteira de imóveis recebidos em dação do Millennium bcp estava avaliada em 1.778 milhões de euros, dos quais 232 milhões correspondiam a imparidades.