Investimento imobiliário vai aumentar nos próximos 12 meses

Investimento imobiliário vai aumentar nos próximos 12 meses

 

Este relatório, referente ao 3º trimestre de 2017, mostra que 44% dos inquiridos pretendem seguir esta rota de aumento do investimento. Nos próximos 3 meses, prevê-se um aumento no volume e preço de transação nos setores residencial, comércio/serviços e hoteleiro, associado a uma maior estabilidade nas taxas de rentabilidade dos diversos setores.
Quem pretende continuar e aumentar o investimento, opta cada vez mais por ativos value added (69%), com a expetativa de que, a longo prazo, consigam aumentar os fluxos gerados por esses ativos. Os ativos oportunísticos ou core vão perdendo importância na intenção de investimento, segundo a Deloitte.

Jorge Marrão, Partner e líder do Setor de Real Estate da Deloitte, comenta que «o estudo indica que o investimento na indústria imobiliária atingiu o seu ponto alto. Associada a uma visão mais otimista na captação de fundos, os profissionais abdicam de manterem os seus portefólios, acreditando estarem perante uma conjuntura única na história do imobiliário, que lhes trará os benefícios associados».

Explica que «o objetivo é submeter esses ativos Value Added, por exemplo, a beneficiações ou reposicionamentos de mercado. Desta forma, é provável que possam cobrar rendas mais elevadas, aumentar as taxas de ocupação e atrair inquilinos de maior qualidade. Nestas condições, o incremento da rentabilidade não tardará a chegar. Com a maximização do seu potencial, o passo seguinte é a venda destes imóveis, nesta fase altamente valorizados, para financiar novos investimentos», conclui.

Segundo este inquérito, as principais fontes de financiamento para a aquisição de imobiliário no próximo ano serão a Banca e os fundos soberanos, apontadas por 38% dos inquiridos (cada). A origem do financiamento deverá ser maioritariamente europeia (75%) e norte-americana (63%), sendo que a Ásia e o Médio Oriente deverão representar 31% e 25%, respetivamente.

Além disso, Fundos de Fundos e Companhias de Seguros são apontados (43% e 50%) como os principais compradores de imobiliário em Portugal por quem desinveste.

De acordo com os inquiridos, os valores de avaliação atribuídos aos imóveis pelos avaliadores externos refletem o justo valor dos ativos (43%). Para 29%, encontram-se sobrevalorizados, mas em linha com as alterações do mercado.