Quem o atesta é a mais recente publicação da C&W, Emerging & Frontier Markets, esta semana divulgada, que inclui um índice de risco associado por país, e discute a forma como, nos últimos 20 anos, o cenário da economia global se alterou, com os investidores a procurarem cada vez mais as elevadas taxas de retorno dos países emergentes.
Neste contexto, África tem um desempenho particularmente positivo, devido a factores como a existência de uma classe média em crescimento, melhorias nas infra-estruturas e avanços tecnológicos, aliados a um mercado imobiliário cada vez mais transparente.
Há vários países africanos no top 10 deste ranking, com o Botswana a liderar enquanto o país mais transparente em termos de investimento, o mais atrativo para os ocupantes. Parte do top 10 é também a África do Sul, Gana, Marrocos e Tunísia, ao passo que Angola ocupa a 41º posição.
A situação frágil do mercado angolano tem tido efeitos negativos no país. Nos últimos anos, várias construções iniciadas em Luanda puseram pressão de descida nas rendas da cidade, depois de um período de crescimento, o que deverá continuar no curto prazo, numa altura em que a desvalorização da moeda local levou a um aumento do custo da mão-de-obra e a uma quebra do consumo, prevê a consultora.