Três fatores fundamentais para a renovação do parque imobiliário

Sponsored Content: Schneider ElectricOs edifícios são responsáveis por 30% do consumo de energia em Portugal, e 40% na Europa, de acordo com dados da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). Contudo, se virmos o lado positivo, a renovação necessária do parque imobiliário também representa uma grande oportunidade para apostar em três áreas: eletrificação, digitalização e integração de veículos elétricos (VE) nos edifícios.Até há pouco tempo, a tecnologia implementada nos edifícios centrava-se no conforto dos ocupantes e na redução de custos. Porém, atualmente os edifícios têm também de ser inteligentes e sustentáveis, assumindo novas funções. Como é que isto se faz? Através da digitalização e da eletrificação.Do ponto de vista legislativo, os edifícios estão a seguir o caminho dos automóveis, encontrando-se atualmente na fase inicial da evolução para a sua eletrificação total – que, por sua vez, vai levar à eliminação da utilização do gás (e dos combustíveis fósseis no geral). A eletricidade é a forma mais eficiente de energia e é também o melhor vetor de descarbonização.Assumir o controlo da energiaUma das principais vantagens da digitalização dos edifícios é que permite gerir ativamente a energia e otimizá-la em função dos diferentes sistemas que funcionam num edifício – por exemplo, permite saber onde e como a energia é consumida num prédio ou numa casa para a tornar mais eficiente. Afinal de contas, o que não pode ser medido, não pode ser melhorado. Eletrificar a produção de calor, por exemplo, substituindo caldeiras a gás por bombas de calor, também reduziria o consumo e as emissões. Estima-se que as tecnologias atuais podem eletrificar 90% da geração de calor nos edifícios. Triplicar a atual taxa de instalação de aquecimento inteligente reduziria a procura anual de gás para aquecimento doméstico na UE em 0.2 bcm, com um custo total de 1.000 milhões de euros.Para conseguir a eletrificação dos edifícios e das casas, é necessário implementar sensores e sistemas de gestão que tornem visível o invisível, aumentando a eficiência e eliminando o desperdício de energia.O objetivo é saber onde, porquê e quando consumimos energia, e o que fazer para reduzir. Não podemos melhorar o que desconhecemos, nem reduzir o que não medimos. Assim, os edifícios devem assumir o controlo do seu consumo de energia, o que significa digitalizá-la e ser capaz de explorar os seus dados.Por exemplo, os sensores inteligentes e conectados fornecem dados que podem ser analisados através de sistemas estratégicos e software para extrair valor da informação. Com estes dados, podemos conhecer os padrões de consumo do edifício ou da casa, o que nos permite tomar decisões, como automatizar determinadas funções ou criar diretrizes para sermos mais eficientes (por exemplo, desligar o ar condicionado se uma janela está aberta). Desta forma, reduzimos o desperdício de energia e, naturalmente, também o desperdício económico; através da digitalização, conseguimos ter uma gestão mais eficiente da energia.Os serviços são particularmente relevantes no que toca à eficiência energética. A conectividade e os dados acima mencionados permitem-nos monitorizar o equipamento, mesmo de forma remota, e passar de uma abordagem reativa para uma abordagem proativa e mesmo preditiva da manutenção energética.Integração de veículos elétricosAs infraestruturas para veículos elétricos têm um grande impacto na integração e no design dos edifícios – e, tendo em conta o panorama atual, é cada vez mais necessário tê-las em conta para garantir uma gestão energética adequada.A mobilidade elétrica é uma tendência crescente em Portugal, mas enfrenta um grande desafio: a escassa rede pública de carregamento. Para inverter esta situação, entre outras medidas, entrou em vigor o Decreto-Lei nº 101-D/2020 de 07-12-2020 que obriga “todos os edifícios de comércio e serviços com mais de 20 lugares de estacionamento [a] dispor, até 31 de dezembro de 2024, de dois pontos de carregamento.Geralmente, a infraestrutura de carregamento de VE pode representar até 40% do consumo de eletricidade de um edifício. Se acrescentarmos a isto o facto de que, até 2030, cerca de 70% do carregamento de veículos elétricos deverá ocorrer em edifícios (comerciais, industriais e residenciais), é fácil compreender a importância de fazer uma gestão adequada das instalações desde já. Será necessário gerir as curvas de carregamento, evitando os picos de consumo que podem aumentar os custos ou mesmo causar interrupções do fornecimento. Contudo, a boa notícia é que a tecnologia para o conseguir já está disponível.Os carregadores inteligentes integram-se em todo o ecossistema conectado de um edifício – por exemplo, numa casa, permitem monitorizar em tempo real o consumo de energia do VE, prever custos, etc. Os utilizadores podem controlar como e quando o seu veículo é carregado e equilibrar o carregamento com o de outros dispositivos que consomem energia, com um sistema anti disparos que se adapta continuamente à disponibilidade da potência elétrica, evitando assim cortes de energia na casa durante o carregamento.Os edifícios do futuro já cá estão: o caso do IntenCityNa Schneider Electric estamos empenhados em ajudar os nossos parceiros e clientes a atingir os seus objetivos de descarbonização, e para isso desenvolvemos projetos de construção inteligentes e sustentáveis.Um bom exemplo é o edifício IntenCity, em Grenoble, que consome 10 vezes menos energia do que a média dos edifícios europeus. Dispõe de 4.000 m² de painéis fotovoltaicos e duas turbinas eólicas, armazenamento de energia no local e soluções tecnológicas inovadoras da Schneider Electric que trazem inteligência a todos os seus processos. Isto permite que o IntenCity utilize dados preditivos para fazer uma gestão inteligente do edifício e conseguir flexibilidade energética, alcançando a máxima fiabilidade e resiliência.Este edifício representa a visão da Schneider Electric de um mundo totalmente digital e totalmente elétrico, demonstrando que a tecnologia para descarbonizar os edifícios já está disponível e está a quebrar barreiras, permitindo uma visão integrada, abrangente e em tempo real para conseguir processos mais inteligentes, uma utilização mais eficiente do espaço e a otimização da procura de energia.Em jeito de conclusão, podemos dizer que os edifícios totalmente eletrificados e digitalizados tornar-se-ão em breve na nova norma. A eletrificação e a digitalização são, sem sobra de dúvida, passos essenciais para alcançar a sustentabilidade e a eficiência energética no parque imobiliário do futuro.

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