Atualmente, estamos perante uma crescente consciência ambiental. Enquanto rede mediadora, temos notado uma procura crescente de investidores e clientes por imóveis que incorporem práticas sustentáveis. Esta tendência reflete-se na valorização de edifícios que adotam soluções eficientes e responsáveis, beneficiando não só os proprietários, mas também a sociedade e o meio ambiente.
E o que é um imóvel sustentável? Este carateriza-se pela utilização de materiais ecológicos, escolhidos pela sua menor pegada ambiental e maior durabilidade; pela eficiência energética, com sistemas que reduzem o consumo de energia, como isolamento térmico eficaz e iluminação LED; pela gestão otimizada da água, recorrendo a dispositivos que promovem a redução e reutilização, como sistemas de captação de águas pluviais; pela integração de áreas verdes, que melhoram a qualidade do ar e promovem o bem-estar dos ocupantes; e pela incorporação de tecnologias renováveis, como painéis solares e outras fontes de energia limpa para autoconsumo.
A verdade é que a integração de práticas sustentáveis na construção e arquitetura traz múltiplos benefícios, como muitos dos nossos clientes reconhecem. Para os utilizadores, resulta em espaços mais saudáveis e confortáveis, com uma redução significativa nos custos operacionais, graças ao menor consumo de energia e água. Para as empresas, traduz-se em ativos mais valorizados e atrativos no mercado, além de contribuir para uma economia mais verde e resiliente, o que se alinha com regulamentações ambientais em constante evolução. Acrescenta-se ainda a oportunidade de reforçar a responsabilidade social, contribuindo para a preservação ambiental e a melhoria da qualidade de vida.
Em Portugal, existem ainda programas que incentivam a adoção de práticas sustentáveis nos imóveis. Na Remax, sempre que possível, alertamos os nossos clientes investidores para um conjunto de incentivos, como o "Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis", um bom exemplo de financiamento de medidas que promovem a reabilitação, descarbonização, eficiência energética e hídrica. Este programa visa reduzir, em média, pelo menos 30% do consumo de energia primária nos edifícios intervencionados, contribuindo para metas definidas no Plano Nacional Energia e Clima 2021-2030 e na Estratégia de Longo Prazo para a Renovação dos Edifícios.
Para além disso, a legislação europeia está também a impulsionar a sustentabilidade no setor imobiliário com medidas progressivas. A partir de 2026, será obrigatória a instalação de sistemas solares, inicialmente em edifícios públicos; e edifícios acima de 1.000 metros quadrados terão de reportar o impacto ambiental detalhado através de declarações ambientais e passaportes energéticos. A acrescentar, até 2050, todos os novos edifícios deverão atingir a classe energética A, alinhando o setor com as metas de neutralidade carbónica.
Nós, enquanto marca líder, sentimos a obrigação de apoiar esta transformação, demonstrando que é possível conjugar inovação, eficiência e responsabilidade ambiental com os critérios financeiros que influenciam determinantemente o dinamismo do mercado imobiliário.
Para nós, é indiscutível que a adoção de práticas sustentáveis é uma estratégia de valor acrescentado que beneficia investidores, residentes e a sociedade em geral. Projetos que integram tecnologias limpas, promovem a eficiência de recursos e respeitam o meio ambiente são hoje exemplos tangíveis de como é possível criar um impacto positivo e duradouro.
Temos notado, aliás, que entre as muitas centenas de empreendimentos de que somos responsáveis pela comercialização, cresce o número daqueles que respeitam as mais exigentes normas ambientais e de eficiência e renovação energéticas.
Sentimos que é o momento para o setor imobiliário reforçar o seu papel como agente de mudança e enquanto maior rede de mediação imobiliária nacional comprometemo-nos a estar na vanguarda desta ainda tendência que sabemos será a única realidade desejável no futuro.