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De acordo com os dados apresentados pelo INE, mais de um terço dos edifícios (36% - 1.278.826 edifícios) em Portugal precisa de reparações. Neste sentido, a aposta na reabilitação urbana surge como uma resposta complementar à construção nova, contribuindo para aumentar a oferta de habitação ao mesmo tempo que também se preserva o rico património das cidades.
A título de exemplo, em 2022, foram identificados como desocupados 10.998 imóveis em todo o país. Lisboa liderou a lista com 6.444 imóveis vazios. De acordo com dados do INE, aproximadamente 36% dos edifícios, independentemente de estarem desocupados ou não, carecem de reparação. Tendo em conta a falta de construção nova no mercado, é crucial alargar o apoio à reabilitação não apenas às Áreas de Reabilitação Urbana (ARU), mas também a todos os edifícios com mais de 30 anos, por exemplo.
Esta estratégia contribuirá para otimizar os recursos já disponíveis, o que representa uma das grandes vantagens da reabilitação urbana em comparação com a construção de novos edifícios. Neste sentido, do ponto de vista ambiental e de sustentabilidade, esta deveria ser uma prioridade. Na Europa, a percentagem de operações de reabilitação é significativamente maior do que em Portugal.
Por outro lado, observamos um Estado e autarquias que detêm um vasto património. Com elevado número de habitações devolutas. O património detido por estas entidades públicas pode representar uma resposta viável à reabilitação urbana de forma a enfrentar a crise habitacional. Contudo, para isso, é fundamental que o país adote boas práticas que facilitem os projetos de reabilitação, incluindo a redução dos impostos e da burocracia, que muito têm desencorajado a um maior investimento neste segmento em Portugal.
Na EastBanc acreditamos que, com base nos diversos anúncios feitos pelo Governo, estamos cada vez mais próximos de encontrar uma fórmula que incentive os investidores privados a entrarem no mercado da habitação para conseguirem dar resposta às necessidades da classe média e baixa. A habitação acessível é, desde já, um segmento em que a EastBanc já possui experiência nos Estados Unidos, onde tem desenvolvido projetos de habitação social ao mesmo tempo que projeta habilitação de luxo. Existe precisamente o desejo de trazer esse know-how para Portugal, complementando assim a pouca oferta habitacional existente em Lisboa para as famílias com orçamentos mais apertados.
Da mesma forma, devemos estar atentos ao potencial de segmentos como o built to rent - a habitação construída para fins de arrendamento - que está cada vez mais no radar dos investidores. Portugal junta-se a países como Itália, Espanha e Irlanda enquanto mercados emergentes neste setor, sendo os principais beneficiários desta classe de ativos as famílias que têm dificuldades em aceder à habitação para compra, tendo em conta os máximos históricos em que se encontram os preços dos imóveis. Afinal, 56% das famílias na AML e AMP têm salários inferiores a 35.000€ anuais, sendo que os preços estão a aumentar a um ritmo mais rápido que os salários.
Mas não só: também as gerações mais jovens têm procurado aceder à sua primeira habitação sem recorrer à compra, seja porque tendencialmente procuram carreiras profissionais flexíveis, seja pela falta de possibilidades para adquirir casa nos centros urbanos.
Este é, sem dúvida, um segmento ao qual também estamos atentos e que poderá contribuir para equilibrar a oferta de habitação.
Atualmente, a EastBanc possui cerca de 20 edifícios na zona do Príncipe Real, dos quais oito estão em diferentes fases de desenvolvimento da sua reabilitação, abrangendo diversos setores, não só habitação, como comércio, escritórios, residências de estudantes e hotelaria. O nosso objetivo enquanto promotor imobiliário é continuar a contribuir para a revitalização deste bairro, consolidando o conceito da “cidade dos 15 minutos”, e tornando a sua vivência mais atrativa, próxima e completa, para os seus residentes. Olhamos igualmente para oportunidades noutras localizações de Lisboa, onde também possa ser possível “reabilitar o bairro” numa perspetiva integrada, trazendo mais qualidade de vida para o mesmo, com foco nas pessoas.