O volume de negócios consolidado da Sonae aumentou 11% para 4.300 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, resultado particularmente influenciado pelo crescimento da Sonae MC e da Worten, e pela integração da Musti.
De acordo com o relatório apresentado esta semana, o EBITDA consolidado também aumentou 18% para 410 milhões de euros, «traduzindo o investimento no desenvolvimento do portfólio e o sólido desempenho dos negócios de retalho alimentar e de telecomunicações».
Assim, o resultado líquido atribuível aos acionistas atingiu os 75 milhões de euros, mais 14%, «devido à sólida performance operacional», justifica a Sonae em comunicado.
Por outro lado, o investimento consolidado superou os 1.300 milhões de euros nos últimos 12 meses, com a expansão orgânica dos negócios e aquisições da empresa, triplicando no semestre para um valor recorde de 966 milhões de euros.
Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, comenta que «durante os primeiros seis meses de 2024, os nossos principais negócios continuaram a apresentar desempenhos notáveis. A MC reforçou a sua posição de liderança no exigente mercado de retalho alimentar português, demonstrando um inexcedível foco no cliente e uma forte capacidade de execução, tendo simultaneamente impulsionado o crescimento no segmento de saúde, beleza e bem-estar». A responsável salienta ainda os bons resultados da Worten ou da NOS.
Por outro lado, «o portfólio de centros comerciais da Sierra manteve um desempenho robusto, resultando num aumento significativo do valor dos seus ativos». Neste conjunto de shoppings, as vendas dos lojistas continuaram a sua trajetória de crescimento, a afluência superou os níveis pré-pandemia e as taxas de ocupação mantiveram-se elevadas (+0,3 pp para 98,1%). A atividade dos serviços manteve-se robusta, com a contínua diversificação setorial e a aquisição de ativos para veículos de investimento recentemente criados. Adicionalmente, o pipeline de desenvolvimento da Sierra continuou a evoluir conforme planeado, com destaque para a venda parcial da Torre de Escritórios do Colombo e a comercialização dos Viva Offices no Porto. Em termos globais, o resultado líquido aumentou 17,2% para 45 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, impulsionado pela melhoria da performance operacional dos seus ativos.
Neste período, a Sonae concluiu a sua OPA sobre a Musti, e assumiu o controlo da empresa líder de mercado no retalho de produtos para animais de estimação nos países nórdicos, assim como a aquisição de uma participação de 89,1% da BCF Life Sciences, empresa francesa de ingredientes para a indústria da nutrição.
«À entrada para o segundo semestre do ano, mantenho plena confiança na nossa capacidade de impulsionar a inovação e o crescimento para melhorar as condições de vida de um número crescente de famílias nas várias geografias onde operamos. Continuaremos a apoiar as nossas pessoas e as nossas empresas, garantindo que dispõem dos recursos necessários para melhorar o seu desempenho atual, investindo simultaneamente no futuro para assegurar a criação valor de longo prazo para todos os nossos stakeholders», garante.
No período em análise, as operações de financiamento com enquadramento sustentável do grupo representaram cerca de 90% das linhas de médio e longo prazo. O Grupo Sonae contratualizou operações de financiamento de 2.400 milhões de euros com enquadramento sustentável, “Green” ou “ESG Linked” (ligadas a indicadores ambientais, sociais e de governo corporativo), conforme anunciado a 5 de julho.
Nota ainda para o apoio à comunidade, que atingiu os 16,5 milhões de euros, mais 6% que no período anterior, com destaque para os donativos alimentares e para a promoção da educação e formação.