É o que aponta a consultora Worx no seu mais recente WMarket, notando que no ano passado abriram cerca de 178 novos espaços de retalho em Lisboa, 90% dizendo respeito ao setor da restauração, seguido pelo setor da moda e acessórios e decoração, ambas com 3%. Este setor representou 32% do investimento imobiliário comercial feito no ano passado em Portugal, num total de cerca de 1.000 milhões de euros transacionados.
O comércio de rua continua a ser o principal dinamizador do mercado de retalho nos centros urbanos em Portugal, fruto do aumento da procura turística, em particular nos centros históricos. Lisboa em particular tem vindo a receber novas lojas e conceitos, com destaque para as lojas de bairro e de conveniência, que preenchem a oferta disponível nos eixos principais e criam novos nichos e eixos de expansão secundários.
Em Lisboa e Porto as rendas do comércio de rua subiram cerca de 8% face ao ano anterior, com os preços a fixar-se nos 140 euros/ m²/mês. no Porto, os valores rondam os 70 eurs/m²/mês.
Retail parks e factory outlets continuam a apostar na sua remodelação e modernização, tendo em conta as atuais exigências dos consumidores, e é expectável que o produto existente «venha a sofrer alterações conceptuais, levando os mesmos a adotarem conceitos lúdicos e inovadores que atraiam e mantenham o consumidor por mais tempo nas instalações», diz a consultora.
Por outro lado, o e-commerce continua em rota de crescimento. Ao longo do ano passado, o B2C e-commerce cresceu 13% na Europa, gerando 621.000 milhões de euros de volume de negócios, com um gasto médio por consumidor de 1.400 euros, volume que deverá continuar a crescer.
Em Portugal, e segundo os dados emitidos pela ACEPI e IPC, o e-commerce representa 2,78% do PIB, com uma média de 50% de e-shoppers, que gastaram uma média de 1.030 euros online em 2019.