O relatório da consultora revela que só no 1º semestre deste ano foram adicionados 1,4 milhões de metros quadrados, valor que deve ser triplicado no semestre corrente. Só a Rússia, Turquia e Polónia deverão totalizar 61% desta área, seguidos da França e Reino Unido.
Por outro lado, até ao final do próximo ano deverão surgir mais 9,7 milhões de metros quadrados de novos espaços comerciais na Europa, e Istambul, Ankara, Londres, Sófia e Praga serão as cidades mais atrativas no setor.
O atual crescimento da atividade de centros comerciais na Europa Central e de Leste está a ser fundamentalmente suportado pela construção de projetos de grande dimensão, mas na Europa o impulso é dado pelos pequenos e médios projetos e pela expansão de espaços já existentes.
A C&W destaca que a tendência será a de abertura de grandes centros comerciais nesta região da Europa, e um exemplo disso é a abertura do Polygone Riviera, promovido pela Unibail-Rodamco, em Nice, França, com 75.000m². Este é o primeiro centro de lifestyle que combina lojas premium com arquitetura, arte e entretenimento.
Atualmente, o pipeline para a Europa Ocidental inclui mais alguns projetos de grande escala, tais como o Arese, em Milão, com 92.000m² e mais de 200 lojas, cafés, restaurantes e zonas de desporto, saúde e cultura.
Em Portugal, a tendência é semelhante: depois de alguns anos de estagnação, a retoma na construção de novos shoppings foi liderada no ano passado pela Immochan, com a abertura do Alegro Setúbal, e estão previstas agora várias aberturas e expansões, nomeadamente a inauguração do Small do The Edge Group, em Sete Rios, a renovação do Fonte Nova, em Benfica, a expansão do Oeiras Parque, a conclusão do Nova Arcada, em Braga, ou ainda a construção do centro Ikea, em Loulé, projetos que devem avançar no decorrer dos próximos 2 anos.
De salientar que, em Portugal, o setor dos centros comerciais foi aquele que captou maior volume de capitais em 2015, tendo concentrado 640 milhões de euros investidos, cerca de 40% do total.