Tem lugar no LX Factory, no dia 11 de outubro o evento APCC Summit, organizado pela Associação Portuguesa de Centros Comerciais – APCC. Howard Saunders, Retail Futurist, será um dos oradores convidados.
Nesta conferência, Howard Saunders vai participar na sessão “Acordem! A verdade sobre o futuro do retalho”, e propõe-se a «desmistificar alguns dos vendedores de desgraças e o catastrofismo implacável, a fim de apresentar uma visão realista para os próximos dez anos. E talvez, ao fazê-lo, lembrar as pessoas exatamente para que serve o retalho».
Em entrevista à APCC, o especialista refere que a tecnologia será uma componente importante do futuro, mas não a mais importante: «muitas pessoas ficam demasiado entusiasmadas com a tecnologia, que ameaça mudar as coisas para sempre, e esquecem-se da razão pela qual vamos às compras. Por isso, acredito que as minhas previsões são racionais, práticas e baseadas naquilo que nós, humanos, podemos realmente querer, e não naquilo que nos dizem que vamos ter! Lembrem-se, ainda somos nós que mandamos... pelo menos por enquanto». E exemplifica que «preparar as empresas para uma maior transparência é tão importante como prever o impacto das entregas com drones».
Saunders acredita que os centros comerciais e todos os espaços de retalho «precisam de aprender a ser muito mais criativos e flexíveis e deixar de dividir tudo em “caixas” individuais para um contrato de cinco anos. É claro que as lojas individuais serão sempre essenciais para marcas específicas, mas devem ser complementadas por espaços adaptáveis para eventos».
Até porque «o retalho tem tudo a ver com comunidade», acredita o especialista. «Os espaços comerciais são onde procuramos as coisas que nos dão estatuto social. E preferimos fazê-lo num ambiente social, em vez de o fazermos online (…) Os espaços comerciais são o local onde nos encontramos com amigos, familiares, namorados e colegas para sentirmos que chegámos a um lugar vivo e relevante: o centro do universo! A azáfama, os aromas, os sons das gargalhadas, o convívio com pessoas que pensam da mesma forma, num espaço acolhedor e simpático, a meditar sobre aspirações, a discutir combinações de cores e a defender gostos individuais... Isso é o retalho».