A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) está a trabalhar num Plano de Retoma do Retalho que responda às dificuldades que o setor enfrenta devido à pandemia.
Nesse sentido, a APCC vai realizar um conjunto de reuniões de trabalho com todos os representantes do setor para construir «uma resposta à crise que agregue os vários contributos e permita a recuperação do retalho em lojas físicas em Portugal, no período de pós-confinamento». Rodrigo Moita de Deus foi nomeado pelos associados CEO desta organização.
Segundo a associação dos centros comerciais, devido à impossibilidade de abertura da maior parte das lojas, aumenta de forma exponencial o recurso ao ecommerce, nomeadamente aquele que é «promovido por grandes multinacionais sediadas fora do território nacional». Por isso, «este Plano será um apelo à mobilização conjunta do setor para defender o retalho em lojas físicas em Portugal».
Por isso, a associação «apela ao contributo das entidades governamentais e dos vários intervenientes do setor para a elaboração de um trabalho conjunto. É fundamental a contribuição de todos os intervenientes com responsabilidades no setor e do Governo para que este Plano encontre soluções e apoios para todo o comércio de forma integrada».
Segundo a APCC, os seus associados já registaram perdas de mais de 600 milhões de euros em «ajudas dadas aos lojistas» no contexto da pandemia. Só no ano passado, fecharam cerca de 200 lojas nos espaços de comércio integrado dos representados pela associação, número superior ao registado nos anos da “troika”.