A Misericórdia do Porto já tem afetados ao programa Reabilitar para Arrendar – Habitação Acessível nove edifícios, situados na zona histórica da cidade, sendo que «existem outros 11» em estudo, revelou o provedor António Tavares.
O responsável adiantou, ainda, que até final deste ano, as operações de reabilitação em curso nos edifícios sitos na rua Cândido dos Reis e na rua Chã estarão concluídas. Segundo António Tavares, a reabilitação integral de cada prédio, em média, «nunca fica por menos de 500 mil euros», sendo que a recuperação de todos edifícios incluídos no património da Santa Casa rondará os cinco milhões de euros.
Para já as cidades de Lisboa e do Porto são aquelas em que se sentiu «a maior dinâmica», afirmou Vítor Reis, presidente do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), entidade gestora do Programa Reabilitar para Arrendar – Habitação Acessível. «Lisboa com maior volume de investimentos e o Porto com um maior número de intervenções, um impulso maior», explicou o responsável.
A nível nacional o investimento global do Reabilitar para Arrendar – Habitação Acessível já ascende aos 18 milhões de euros, sendo que mais de 60% dos candidatos são promotores privados.
Gaia, Lamego e Vale de Cambra juntam-se à Misericórdia do Porto no Reabilitar para Arrendar
As Misericórdias de Vale de Cambra, Lamego e de Vila Nova de Gaia decidiram juntar-se ao Programa Reabilitar para Arrendar, ao lado da Santa Casa da Misericórdia do Porto.
Durante a cerimónia de assinatura dos protocolos de cooperação e colaboração, o Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto reconheceu a importância deste programa «porque evita a descapitalização da instituição e permite ao mesmo tempo a reabilitação do seu património».
Esta cerimónia contou com a presença do Secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, José Mendes, que sublinhou o trabalho desenvolvido pelo Governo para criar diferentes «linhas» de impulso ao movimento de reabilitação urbana nacional. Além dos Planos Estratégicos de Desenvolvimento Urbano (PEDU’s), que no seu conjunto representam mais de «560 milhões de euros, para financiar reabilitação e mobilidade urbanas», o secretário de Estado destacou o Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas (IFRRU 2020), no âmbito do Portugal 2020, cujas perspetivas apontam para «700 a 800 milhões de euros», e por fim o Fundo Nacional para a Reabilitação do Edificado (FNRE) que disponibilizará até 1400 milhões de euros.