Este investimento visa a recuperação de edifícios históricos e a criação de vários novos espaços de dinamização cultural. Trata-se de «um salto qualitativo e quantitativo» em termos culturais, descreve Isaltino Morais, Presidente da Câmara Municipal de Oeiras.
Falando na «terceira fase» do seu projeto para o concelho, o autarca avança ao DN que «em seis anos vamos investir 400 milhões de euros, sendo que 50 milhões já estão adjudicados às obras dos novos paços do concelho que vão começar em breve». Lembra que «tivemos uma primeira fase relacionada com o ordenamento do território e uma segunda fase que visou a atração de empresas do setor terciário e de base tecnológica, que posicionou o concelho como um dos melhores municípios da União Europeia».
Isaltino Morais considera que este megaprojeto, motivado pela candidatura a Capital Europeia da Cultura, representa «o início de um novo ciclo de desenvolvimento».
As principais intervenções previstas
Está prevista a construção do novo Centro Cultural de Linda-a-Velha, que «terá uma sala de espetáculos para 1400 pessoas», a construção do Centro de Congressos de Paço de Arcos, a construção do Hub de Indústrias Criativas de Porto Salvo e a construção do centro de interpretação do Castro de Leceia, enumera a autarquia.
O Convento da Cartuxa de Caxias é um dos imóveis que será recuperado para «receber um centro internacional de artes contemporâneas», bem como a Bateria do Areeiro que vai receber «um projeto museológico no domínio das fortificações marítimas».
Já a Fábrica de Cima, na Fábrica da Pólvora será alvo de obras para a instalação de um centro de artes cinematográficas, performativas e visuais e na Estação Agronómica Nacional será criado «um conjunto de utilizações polivalentes, entre as quais, na área da cultura e gastronomia». Também segundo a Renascença, o Palácio Marquês de Pombal vai ser transformado num museu na área das artes, ciências e tecnologias.
“Oeiras 27”
Oeiras concorre a Capital Europeia da Cultura em 2027 com Leiria, Coimbra, Faro, Viana do Castelo, Aveiro, Évora, Braga e Guarda, lembra a Renascença. Esta quinta-feira, foi apresentado o plano estratégico da candidatura, o “Oeiras 27”.
Este plano assente em 5 eixos principais, nomeadamente o “Ecossistema Urbano”, “Capital da Poesia e das Culturas de Língua Portuguesa”; “Oeiras, Capital das Artes e da Criatividade”; “Oeiras, Capital das Heranças Culturais” e “Oeiras, Capital do Património Marítimo”.
Isaltino Morais refere que «estes projetos vão transformar, nos próximos dez anos, o concelho de Oeiras, com os seus 46 km², na cidade de Oeiras, uma cidade polinucleada, que se constrói em torno da Cultura e que se quer projetar nacional e internacionalmente, como espaço de Arte, Ciência e Tecnologia, contribuindo para a valorização da Área Metropolitana de Lisboa e do país no seu todo».
A cidade vencedora será anunciada em 2023, e receberá um valor de 25 milhões de euros, que será operacionalizado através do próximo Quadro Comunitário de Apoio Portugal 2020-2030.