Aqui deverá surgir, pela mão da vencedora do concurso para a concessão, um novo hotel com cerca de 95 quartos.
Com um total de 7.478 m², este imóvel, classificado como de interesse público, integra um paço episcopal do início do século XVI, onde foi fundado mais tarde um convento de frades capuchos em 1517. Depois da extinção das ordens religiosas em 1834, o conjunto ficou na posse do Estado, que ali instalou um Posto Agrário, uma Escola Prática de Agricultura e uma Escola de Regentes Agrícolas, parte da Universidade de Évora até hoje.
No site do programa pode ler-se que «do primitivo edifício quinhentista conservam-se muitos vestígios arquitetónicos, alguns de feição manuelina, como é o caso da capelinha existente na cerca conventual, pavimentada com azulejos da primeira metade do século XVI. No denominado Jardim de Jericó sobressai o lago dos Cardeais, iniciado na segunda metade do século XVII e decorado em volta da estátua de Moisés». Destaca-se também «pelo seu valor arquitetónico, a capela do convento. Um perfeito exemplo de micro-arquitetura renascentista».
Recentemente, a propriedade foi alvo de obras de recuperação, nomeadamente nas capelas de São João do Deserto, de São Teotónio e das Penhas, e, recentemente, «recebeu financiamento para a reabilitação dos sistemas hidráulicos e a consolidação dos muros e pavimentos», no âmbito do Programa Valorizar, dinamizado pelo Turismo de Portugal, avança a Universidade de Évora, citada pelo Fugas.