Foto: CMP/Miguel Nogueira
A cerimónia teve lugar no próprio Matadouro, contando com a presença de Rui Moreira, Presidente da Câmara Municipal do Porto, Carlos Mota Santos, da Mota Engil, e do Primeiro Ministro, António Costa.
Este equipamento municipal foi inaugurado em 1920, e foi desativado há mais de 20 anos. Vai agora ser transformado num novo polo empresarial, cultura e social, e será um marco na transformação de toda a zona oriental do Porto. O projeto de reabilitação do Matadouro é assinado pelo arquiteto japonês Kengo Kuma, em parceria com o atelier português da Ooda, e será executado pela Mota-Engil, empresa que venceu o concurso lançado pela autarquia para a concessão do espaço, por 30 anos, e que será responsável pelo investimento.
De uma área total de 26.000 m², a parceria estabelecida prevê que 12.500 m² se destinem a espaço empresarial. A autarquia vai explorar uma área de 8.000 m² neste projeto, que terá várias valências, como um Depósito de Obras de Arte ou uma extensão da Galeria Municipal, espaço para usos culturais e sociais e uma extensão do Museu da Cidade.
Segundo a CMP, o Matadouro tem agora «definitivamente vida nova prometida pela frente». Rui Moreira sublinhou na ocasião que aquele era «um dia especial para o Porto». Recorda que, «depois do lançamento do concurso em 2017 e da adjudicação ao concorrente Mota Engil em maio de 2018», o projeto enfrentou vários entraves, como a própria pandemia. «Viria a ter o seu epílogo apenas em abril de 2020, com a concessão do visto prévio por parte do Tribunal de Contas», completa o autarca, citado no site da autarquia. Rui Moreira ressalva que este projeto não se circunscreve ao perímetro do Matadouro, assumindo uma «dimensão metropolitana».
Por seu turno, António Mota destaca que «como portuense, tenho orgulho na ambição da Câmara Municipal do Porto e no seu plano de revitalizar e valorizar uma das zonas mais degradadas da cidade. Como responsável da Mota Engil, tenho orgulho em ter sido o vencedor do concurso deste projeto».
Para o Primeiro Ministro, «sei bem que a luta foi difícil, que tivemos de nos apoiar nos desabafos mútuos perante as dificuldades que iam surgindo, que tivemos de puxar pela imaginação legal para ultrapassar e vencer as barreiras que iam surgindo, mas a verdade é que hoje chegamos aqui a este ponto. Levámos mais de quatro anos, mas felizmente levaremos muito menos do que isso para estarmos aqui a poder inaugurar esta obra, que a Mota Engil seguramente realizará no prazo contratado», remata António Costa.
De recordar que a 18 de setembro, foi assinado o contrato para reconversão do antigo Matadouro entre a autarquia e a Mota Engil. A elaboração do projeto de execução deverá ser concluída em meados do próximo ano, e o arranque das obras está agora planeado para setembro de 2021, com um prazo de execução de 2 anos.
No final dos 30 anos de concessão, o equipamento regressará à gestão municipal.