Foto: CML
Segundo a Lusa, a Câmara Municipal de Lisboa já aprovou, de forma condicionada, um projeto de arquitetura para renovação do edifício, agora propriedade da Strong Decibel, que prevê a criação de 8 apartamentos, a preservação das fachadas originais, ou a criação de um piso para estacionamento em cave com capacidade para 19 lugares, arrumos e áreas técnicas.
Na proposta subscrita pelo vereador do Urbanismo, Ricardo Veludo, à qual a Lusa teve acesso, a autarquia refere que «os espaços exteriores serão parcialmente ajardinados, substituindo-se a construção anexa ao edifício, por uma “estufa” ou “jardim de inverno"».
Também a Direção Geral do Património Cultural já emitiu um parecer favorável condicionado à pretensão do requerente, já que o edifício foi classificado como Monumento de Interesse Municipal em 2017: «aprovo condicionado ao acompanhamento arqueológico de todas as intervenções que impliquem mobilização do subsolo», refere este parecer.
Já o LNEC emitiu parecer favorável condicionado devido ao «potencial impacte hidrogeológico da construção», cita o Idealista.
A proposta em causa foi apreciada em reunião privada do executivo, e teve os votos contra do BE e PCP, e favoráveis de PS, CDS e PSD. Por um lado, o PCP acredita que o equipamento poderia ser recuperado para uso público, de habitação ou outro. Por outro, o BE considera que o uso para «8 habitações de luxo» não respeita «a sua história nem garante outro equipamento social no local».
O imóvel foi vendido à Strong Decibel em 2017 pela Fundiestamo por mais de 3 milhões de euros.