Zome quer terminar 2022 com 50 hubs em funcionamento

O primeiro semestre deste ano foi muito positivo para a atividade da rede imobiliária Zome, que registou um volume de negócios de 353 milhões de euros, e uma faturação de 12,1 milhões, subidas de 12% e 16% face a igual período de 2021.A informação foi dada por Patrícia Santos, CEO da Zome, em entrevista à Vida Imobiliária, que admite que «o primeiro semestre correu muito bem». Prova disso, é também o valor médio de venda da rede, de 203.000 euros, 6,2% acima do valor do ano passado, e 11% só no caso dos apartamentos.Neste semestre, a Zome registou um crescimento de 40% nos novos contratos de franchising, com 11 novas unidades abertas em Portugal só no 1º trimestre. Os novos hubs abriram em localizações como Parede, Açores, Madeira, Benfica, Almada-Centro, Amora, Viseu, Seixal, entre outros. «Estrategicamente, estamos a apostar mais na zona de Lisboa, até porque já temos mais unidades no Norte». A responsável destaca que «crescemos claramente acima do mercado, naturalmente porque também somos uma rede jovem». Agora, o objetivo, é chegar aos 50 hubs no final deste ano.Cada hub da Zome deverá ter entre 80 a 150 brokers em «velocidade cruzeiro». Assim, o objetivo da rede é chegar aos 5.000 brokers num prazo de 2 anos, somando até 80 hubs só em Portugal nesse horizonte. Mas o objetivo passa também por expandir fora de Portugal, «começando com um reforço em Espanha, onde já temos duas unidades, depois França ou Bélgica, por exemplo. Temos os países identificados, e vamos agora definir prioridades», explica Patrícia Santos.A produtividade por consultor é uma das prioridades da Zome, cujos brokers têm atualmente uma média de angariações «que duplica a maior rede em Portugal», de 0,67 casas por colaborador por mês.«Ainda é cedo para avaliar impacto das mudanças do BCE»Questionada sobre os possíveis efeitos da subida das taxas de juro no mercado imobiliário, na habitação em particular, Patrícia Santos considera que «ainda é muito cedo para avaliar o impacto das mudanças do Banco Central Europeu», mas recorda que «já passámos por taxas Euribor muito mais altas» que as atuais, e que «há sempre uma solução para comprar casa».Acredita que a falta de produto que se regista «há pelo menos um ano e meio», que justifica grande parte da escalada dos preços, vai continuar, exacerbando «um excesso de procura face à oferta». Na sua experiência, «a situação é mais crítica nas grandes cidades, e as pessoas acabam por escolher os arredores. Há construção não terminada, projetos em licenciamento, e quem opte por parar a construção. Isso tem feito com que produto novo não entre no mercado ao ritmo que gostaríamos».Considera que os preços vão continuar a subir, mas de forma menos intensa, até porque «o aumento das taxas de juro vai criar uma redução da quantidade de compradores elegíveis. Estas medidas de redução do consumo deverão resultar nisso mesmo, e trazer algum equilíbrio à “balança”».Seja como for, destaca que «a banca continua ativa e interessada em vender crédito à habitação, há muita disponibilidade», e os clientes optam cada vez mais pela taxa fixa, «para evitar este tipo de surpresas». Aliás, já no ano passado, «grande parte da contratação de créditos dos nossos clientes foi com taxa fixa, num aumento de 80%, é uma mudança importante».Formação é essencialPara Patrícia Santos, é importante destacar que «não viemos para ser os maiores, mas para ser dos melhores, por isso é muito importante a produtividade dos nossos consultores, apostamos muito na formação, com programas diferenciadores, nomeadamente a academia Zome Evolution, para a liderança nos nossos hubs».Dá outro exemplo de «uma área única e que mais nenhuma rede tem que é a Zome Experience Co-Innovation, constituída por 2 consultores de mérito, com carreira de sucesso, e que têm equipa imobiliária, que se dedicam a ajudar a rede e os consultores a evoluir na sua carreira. Queremos elevar o padrão de serviço ao cliente final», garante a responsável.E destaca ainda um programa interno da Zome «que permite que os colaboradores se candidatem a funções diferentes dentro da empresa. Permite o desenvolvimento da carreira dentro da própria rede, sem a necessidade de sair da empresa para desempenhar uma função diferente».Criptomoedas são mais um passo na aposta na tecnologiaA aposta na tecnologia continua a ser outra prioridade da rede, marcada pela conclusão da primeira escritura em criptomoedas ainda este ano. Patrícia Santos explica que «o grande propósito desse passo foi a abertura e entrada no mundo Web3. Somos uma empresa tecnológica e queremos posicionar-nos dessa forma».Admite que o mercado das criptomoedas «tem os seus altos e baixos», mas «damos oportunidade a este nicho e mostramos que é possível fazer esta troca de ativos». Além disso, destaca, «é um mercado que movimenta muitos milhões de euros em Portugal».«É importante começar a construir esse caminho, com o lançamento do site em cripto e vamos fazer vários eventos de esclarecimento até ao final do ano», completa.

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