Dada a atual conjuntura provocada pela pandemia, o grupo Vila Galé vai manter apenas 10 hotéis abertos, «assegurando, assim, a presença da marca em todas as regiões do país», explica o grupo à Lusa.
Estão neste momento abertos os hotéis de Lamego, Braga, Porto (Ribeira), Manteigas, Coimbra, Lisboa, Évora, Alter do Chão, Vilamoura e Santa Cruz, na Madeira.
«Nas restantes unidades, aproveitaremos o momento para efetuar trabalhos de melhoria e renovações e reforçar os processos de formação dos colaboradores», garante o grupo.
Em outubro, no decorrer do seu mais recente inquérito aos associados, a AHP dava conta de que 25% da oferta hoteleira nacional já estava encerrada em setembro, percentagem que calcula que aumente muito nos próximos meses: «as expetativas vão-se frustrando e vão sendo influenciadas pelas novas medidas». De acordo com Cristina Siza Vieira, CEO da AHP, «muitos hotéis de Lisboa, nomeadamente os mais dependentes de eventos, não vão abrir até ao final do ano».
Explica que «estamos a falar de grandes negócios, não de empresários em nome individual, e o grau de autonomia financeira dos hotéis aumentou muito nos últimos anos, apesar de a última crise ter sido há pouco tempo. Tudo vai depender deste grau de autonomia. Muitos poderão fechar, reabrindo novamente, o negócio pode ficar “on hold”», diz a responsável, que garante que, para já, «não se fala de falências». Mas garante que os hotéis «estão a fazer as contas».
Segundo as contas da AHP, no fecho deste ano a hotelaria poderá registar uma perda de receita entre os 70% e os 80%, até 3.600 milhões de euros perdidos face ao ano passado.