No decorrer do ano de 2023, o grupo Vila Galé pretende abrir quatro novas unidades em Portugal, num investimento que ascende a mais de 35 milhões de euros. Estas quatro novas aberturas vão criar 170 postos de trabalho diretos. Em 2022, o Vila Galé atingiu um volume de negócios de 218 milhões de euros, mais 20% do que em 2019.
A segunda maior cadeia hoteleira nacional, que conta com cerca de 1.350 colaboradores em Portugal, vai dar aumentos médios de 11% este ano e subirá o salário mínimo praticado no grupo para 900 euros. O grupo criará ainda soluções para apoiar o acesso à habitação e contribuir com outros apoios sociais e incentivos para os seus colaboradores.
«Estas medidas visam contribuir para progressivamente subir o vencimento médio praticado e reforçar os benefícios dados aos colaboradores, e que incluem já, por exemplo, férias gratuitas e descontos até 65% nos hotéis Vila Galé, seguro de saúde, prémios anuais de produtividade, planos de formação contínua ou bolsas de apoio à educação, além de traduzirem uma redistribuição dos resultados alcançados no ano passado», revela o grupo em comunicado.
O Vila Galé tem uma carteira com 27 hotéis em Portugal, sendo que as suas receitas somaram cerca de 135 milhões de euros em 2022, mais 17,5% face ao período pré-pandemia. No mesmo ano, os 27 hotéis somaram cerca de 973 mil quartos ocupados, 1,95 milhões de dormidas e 670 mil clientes, contando com as novas unidades abertas em 2020.
«Depois de dois anos muito difíceis, os resultados de 2022 revelaram-se uma agradável surpresa. Foi um ano de forte e rápida recuperação, em que o turismo provou mais uma vez a sua capacidade de resiliência e demonstrou o papel fundamental que tem na economia portuguesa», salienta o presidente do grupo Vila Galé, Jorge Rebelo de Almeida.
Em 2022, os clientes portugueses representaram 44% do total das dormidas, seguindo-se os mercados emissores do Reino Unido (14%), Alemanha (7%), Espanha (5%), França (4%), Brasil (3%) e Estados Unidos da América (2%), cabendo o restante a outras nacionalidades.
Assim sendo, a cadeia hoteleira nacional destaca que o «extraordinário crescimento em 2022» do grupo deve-se «em grande parte ao mercado português que sempre foi o preferido e o mais relevante na Vila Galé ao longo dos anos, desde a sua fundação». No que toca às dez unidades no Brasil, tiveram receitas de 464 milhões de reais em 2022, mais 25% do que em 2019. Brasil (93%), Argentina (2%) e Portugal (1,5%) são os três principais mercados emissores no total de dormidas.
Jorge Rebelo de Almeida sublinha que «em 2023, manteremos um plano de expansão focado na valorização do património, continuando a apostar na recuperação e reabilitação de edifícios históricos e nos hotéis temáticos. E prosseguiremos com a estratégia de desenvolvimento do interior do país, investindo em regiões com menores fluxos turísticos, mas onde vemos muitas oportunidades e uma enorme diversidade de propostas culturais, gastronómicas e de experiências diferenciadoras».
O responsável acrescenta que «na Vila Galé teremos outras grandes bandeiras como a contínua melhoria das infraestruturas, através da renovação dos hotéis e do lançamento de novos conceitos, a sustentabilidade e a valorização dos recursos humanos».