O alojamento local de Lisboa e Porto sentiu maior dinamismo nos meses de julho e agosto, com as taxas de ocupação das duas cidades a regressarem aos 40%, revela o SIR-Alojamento Local, produzido e gerido pela Confidencial Imobiliário.
Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, comenta em comunicado que «trata-se de um registo bastante robusto no contexto da pandemia, durante o qual a ocupação no Alojamento Local em Lisboa e no Porto chegou a ficar abaixo dos 5% e nos meses mais dinâmicos rondou apenas os 25%».
Ressalva que «de qualquer forma, é um mercado que continua longe do registo pré-Covid, pois no verão de 2019 a ocupação em Lisboa e no Porto rondava os 65% a 70%».
Na capital, a ocupação média no AL atingiu os 43% em julho e os 42% em agosto. Ao mesmo tempo, o RevPar aumentou para os 35 euros em ambos os meses. Segundo a Ci, desde o início da pandemia que também no RevPAR, situado em €35 em ambos os meses. Desde que a pandemia irrompeu que este indicador tem ficado quase sempre abaixo dos 10 euros, atingindo mínimos de 3 euros. O verão do ano passado trouxe uma ligeira retoma ao setor, mas as taxas de ocupação não foram então além dos 16% e o RevPar dos 12 euros.
Já na Invicta, a ocupação média atingiu os 40% em julho e 39% em agosto, com RevPars médios de 29 e 31 euros, respetivamente. Aqui o RevPar chegou a níveis residuais de 2 euros durante a pandemia, alcançando os 15 euros em julho e agosto do ano passado, quando a ocupação rondou os 20%.
De recordar que entre julho e agosto de 2019 a ocupação do AL de Lisboa situou-se entre 65% e 70%, com RevPars de 50-60 euros. No Porto, a ocupação nesse período também foi bastante superior à atual, atingindo 66% em ambos os meses, com RevPars em torno dos 50 euros.