A barreira dos 30 milhões de turistas, amplamente discutida no último ano, foi superada: em 2024, registaram-se 31,6 milhões de hóspedes, responsáveis por um recorde de 80,3 milhões de dormidas, de acordo com dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE).
As dormidas dos mercados externos predominaram (70,3% do total de dormidas em 2024), totalizando 56,4 milhões, e registaram um crescimento de 4,8%. O mercado interno contribuiu com 23,9 milhões de dormidas (+2,4%).
Face a 2023, acentuou-se a dependência dos mercados externos (69,8% em 2023), atingindo-se o peso mais elevado desde 2018, quando estes mercados representaram 70,4% do total. O Reino Unido manteve-se como principal mercado emissor em 2024, representando 18,1% das dormidas de não residentes (+2,7%).
Seguiram-se os mercados alemão (11,3% do total), espanhol (quota de 9,7%), norte americano (9,2%) e francês (8,0%). Entre os 10 principais mercados emissores em 2024, os maiores crescimentos registaram-se nos mercados canadiano e norte americano (+17,1% e +12,1%, respetivamente).
Todas as regiões registaram crescimento nas dormidas
No conjunto do ano de 2024, todas as regiões registaram crescimento nas dormidas, com os maiores aumentos a ocorrerem na RA Açores (+9,3%), no Norte (+6,4%) e na Península de Setúbal (+6,1%). O Algarve concentrou 25,8% do total das dormidas em 2024, seguindo-se a Grande Lisboa (24,2% do total) e o Norte (17,6%).
O principal destino em termos de dormidas dos residentes foi o Norte (21,8% do total das dormidas de residentes), seguido do Algarve (19,6% do total), da Grande Lisboa (14,6% do total) e do Centro (14,5% do total). As dormidas de não residentes concentraram-se, essencialmente, no Algarve (28,5% do total de dormidas de não residentes) e na Grande Lisboa (28,3% do total).
No Centro e no Alentejo, em 2024, predominaram as dormidas de residentes (67,1% e 66,5%, respetivamente), enquanto nas restantes regiões as dormidas de não residentes foram dominantes. A RA Madeira e Grande Lisboa foram as regiões mais dependentes dos mercados externos (85,3% e 82,0% do total de dormidas em 2024, pela mesma ordem).
Na globalidade do ano de 2024, a taxa líquida de ocupação-quarto registou um ligeiro acréscimo de 0,3 p.p. e a taxa líquida de ocupação-cama foi idêntica à do ano anterior.