A indústria europeia do turismo «está a recuperar fortemente da pandemia de covid-19», garantia dada pelo Eurostat esta quarta-feira. No ano transato, verificaram-se 2,72 mil milhões de noites dormidas, que comparam com 2,88 mil milhões em 2019, uma quebra de 5,6%.
De acordo com o gabinete de estatísticas europeu, este valor representa aumentos substanciais face ao número de dormidas em 2020 e 2021 (1,42 mil milhões em 2020, 1,83 mil milhões em 2021; +91,1% e +48,3% em 2022, respetivamente).
Quando comparado com o primeiro semestre de 2019, no mesmo período de 2022, as noites passadas em alojamento turístico tiveram um decréscimo de 11,%. Entre julho e dezembro, ficaram muito próximas dos níveis de dormidas de 2019 (-1,9%).
As dormidas de hóspedes estrangeiros aproximaram-se dos níveis de 2019 (1,19 mil milhões de noites em 2022 face a 1,36 mil milhões em 2019; -12,6%), revelam os dados de 2022, valores que representam «um forte crescimento face ao número de dormidas de turistas internacionais em 2020 e em 2021 (412,5 milhões de dormidas em 2020, 587,8 milhões em 2021; +188,8% e +102,6% em 2022, respetivamente)», refere o Eurostat.
Entre os países da Zona Euro, o número de noites dormidas em alojamento turístico de residentes e não residentes aumentou em 2022, face ao ano pré-pandemia, na Dinamarca (12,3%), nos Países Baixos (3,9%) e na Bélgica (0,5%).
De referir que Portugal registou uma recuperação maior do que a média europeia: com o setor a ficar cerca de 1% dos números registados em 2019. A Letónia (-29,6%) e a Eslováquia (-28,3%) foram os únicos países que não recuperaram totalmente do impacto causado pela pandemia.