A proptech Tiko assume-se otimista face ao mercado imobiliário português, apesar da subida das taxas de juro e do contexto económico mais adverso.
Por um lado, as taxas de juro têm vindo a aumentar, mas estão ainda longe dos valores registados em 2008, quando a Euribor a 6 meses ultrapassou os 5%. Por outro, o cenário macroeconómico e geopolítico é também diferente, e no 2º trimestre deste ano, o mercado imobiliário transacionou imóveis no valor de 8.288 milhões de euros, mais 19,5% que no ano anterior.
Perante esta conjuntura, «a Tiko acredita que o setor imobiliário português fará uma adaptação ou correção, em vez de enveredar por uma crise, mesmo com a inflação a ultrapassar os 10%. Ou seja, no dia 31 de dezembro o número de habitações transacionadas deverá ser superior ao de 2021, ano em que 190.000 habitações mudaram de proprietário».
Ana Villanueva, Co-Fundadora e CEO Iberia Tiko, considera que «uma vez que ainda representamos uma pequena fração do volume de transações atuais, a Tiko não espera mudanças substanciais no negócio», recordando que o negócio realizado com a Tiko não tem vendas ou descontos. Acredita mesmo que «é possível que venhamos a ser mais valorizados. Durante a pandemia assumimo-nos como alternativa para muitos vendedores, pois o nosso processo é digital e fomos capazes de apresentar uma oferta de compra diferente da tradicional. No cenário atual, os vendedores poderão recorrer a nós se quiserem liquidez, porque compramos o imóvel num curto espaço de tempo e a um preço justo de mercado, o que também atrai potenciais compradores».