Sponsored Content: PVW Tinsa
Face a uma conjuntura macroeconómica adversa, marcada pela guerra na Ucrânia e uma inflação e taxas de juro em rota ascendente, nos últimos meses o contexto do mercado imobiliário português tem-se alterado substancialmente, reconhece o partner e general-manager da PVW Tinsa, uma das empresas líderes em Portugal na área da avaliação imobiliária. «Os acontecimentos recentes marcam alterações na atividade que não creio que se venham a inverter a curto prazo», diz José Manuel Morgado, convicto que factos como «a inflação, a subida das taxas de juro e a recente desconfiança no setor financeiro ainda vão estar connosco durante mais algum tempo».
Embora «as repercussões difiram de setor para setor, aquele que a nosso ver está a ser mais atingido é o mercado residencial direcionado para o segmento médio. Apesar da procura existir, não consegue cumprir as condições de financiamento e não só já se nota o crédito à habitação a decrescer, como nos parece que esta seja uma tendência para os próximos tempos», explica, acrescentando que «as tentativas irresponsáveis de regular por quem nos dirige não ajudaram», sendo o programa Mais Habitação proposto pelo Governo um exemplo.
Pois, a seu ver, «é uma tentativa desesperada de fazer num curto espaço de tempo o que deveria ter sido feito ao longo de sete anos», numa manobra política que, entre outros aspetos, «revela precipitação, imaturidade, ignorância e incapacidade» perante aquela que é a realidade do mercado, razão pela qual «mesmo nas suas partes mais positivas seria impraticável em recursos e tempo, e que nada vem resolver e já provocou danos irreversíveis de confiança».
Em contrapartida, «por ser mais independente das necessidades de financiamento, o segmento residencial médio-alto e alto não regrediu», tal como «o setor turístico, que não só não foi prejudicado como o nosso país acabou por sair beneficiado por todas as vantagens, geográficas e não só, que nos evidenciam positivamente perante os outros mercados», podendo continuar numa tendência favorável, «se não formos nós os criadores da dificuldade e responsáveis por lhe tirar parte do valor».
Assim, «ainda que o interesse do mercado internacional pelo nosso país ainda se mantenha, está a ser penalizado pelas políticas públicas que têm vindo a ser anunciadas e que nos custarão vários milhões em perdas, quer do lado do consumo quer por via das receitas fiscais provenientes de não portugueses», conclui José Manuel Morgado.
Retração no crédito à habitação «será inevitável»
Considerando que nos próximos meses «a retração na concessão de crédito à habitação será inevitável», o general-manager da PVW Tinsa diz tal «já era previsível, pois a conjuntura de taxas de juro anormalmente baixas não só não poderia ser eterna, como não deveria ter demorado tanto tempo»¸ pelo que «o problema não é a mudança do paradigma em si, mas sim o ritmo veloz a que este acontece».
E, é precisamente aí que residem os principais desafios que se colocam aos avaliadores, ainda que o seu trabalho, as avaliações, «não se limitam a novos processos de crédito à habitação». Em todo o caso, diz, «não nos parece que vá diminuir o interesse pelo imobiliário como fonte de reserva de valor e de rendimento comparativamente a outras alternativas», até porque «a recente falta de confiança e a crescente na solidez da banca, justificada ou não, vem reforçar essa tendência» e, como tal, «a necessidade de avaliações credíveis e bem sustentadas está assim bem reforçada».
Profissionalização é o único caminho possível
A sustentabilidade, com as novas regras impostas pela União Europeia e a entrada em vigor da taxonomia, é outro fator que tem vindo a firmar-se como decisivo na tomada de decisões a nível imobiliário, o que de certa forma vem também sustentar o desenvolvimento do setor das avaliações. «É exatamente pela necessidade de se terem de tomar decisões numa crescente necessidade de adaptação que a existência de consultores profissionais e credíveis se torna cada vez mais importante».
Face a tudo isto, declara José Manuel Morgado, «a profissionalização do setor continua a ser o único caminho possível para a avaliação imobiliária», o que acaba por «se interligar também com a confiança no setor financeiro». Até porque «a avaliação está longe de se limitar apenas a processos de concessão de crédito», pelo que «compete aos avaliadores transmitir ao mercado que o seu papel de consultores no suporte a decisões é cada vez mais necessário em tempos de incerteza».
Expansão a novos mercados e serviços é para continuar em 2023
Olhando em retrospetiva, «apesar de já se terem notado algumas mudanças de contexto de incerteza, em 2022 os objetivos estratégicos definidos para o mercado português foram cumpridos quase na sua totalidade e continuámos a crescer», revela o responsável. «Investimos em inovação e tecnologias, numa maior dispersão geográfica da nossa estrutura própria e apostámos em formação, à semelhança do que fez o grupo Tinsa a nível internacional, crescendo geograficamente e reforçando a sua posição de mercado através de novas aquisições de empresas e, assim, diversificando-se continuamente».
E, na senda do que foi 2022, os objetivos da PVW Tinsa para 2023 estão bem definidos: «temos de continuar a crescer, orientando-nos para novos mercados internos e novos serviços, continuando a focar-nos na qualidade dos nossos recursos humanos pois somos uma empresa prestadora de serviços, e como tal, a nossa matéria-prima são as pessoas e o conhecimento». Além disso, adianta José Manuel Morgado, «existem sinergias adicionais entre os vários países onde estamos e que podem ter um importante papel neste nosso pequeno mercado nacional, comparativamente a outros mercados dentro do grupo Tinsa».